Pouco mais de 2 anos após a venda do controle da Refinaria Landulfo Alves Mataripe (Rlam), que foi adquirido pelo grupo Mubadala, a Petrobras está em conversas com o conglomerado do Emirados Árabes Unidos para uma possível recompra do equipamento.
A informação foi confirmada pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates (PT/RN) durante coletiva de imprensa para detalhamento do plano estratégico da empresa na sexta-feira, 24.
“É uma possibilidade. Mas é mais um dos assuntos que não podemos sair comentando, por causa das negociações. Conversamos com a Mubadala várias coisas, isso também está nesse processo, mas não é o principal”.
A Refinaria de Mataripe é operada pela Acelen, que pertence ao grupo Mubadala, desde que foi vendida por US$ 1,8 bilhão durante o governo Jair Bolsonaro. A partir daí, o preço médio da gasolina vendida nos postos de combustíveis do estado da Bahia superaram a média de preço nacional.
Segundo apresentado por Prates, a Petrobras planeja investir US$ 5 bilhões nas áreas de refino, transporte e comercialização, o que pode incluir eventuais aquisições, no período entre 2024 e 2028.
A proposta de reestatização tem sido bastante defendida por quadros do governo Lula. Em setembro deste ano, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a RLAM era “um ativo histórico da Petrobrás que nunca deveria ter sido vendido”.