
Um pedreiro, identificado como Rui Andrade, foi morto durante um confronto entre equipes da Polícia Militar e um grupo criminoso no Alto do Coqueirinho, em Salvador, no último sábado (4), conforme a corporação. De acordo com a família do homem, ele estava dormindo quando policiais arrombaram a sua própria residência.
Segundo a Companhia Independente de Policiamento Tático (Cipt) Rondesp Atlântico, agentes da unidade policial realizaram rondas na região, quando encontraram um grupo de homens armados, que teriam fugido após um confronto com PM. Após o tiroteio, os suspeitos teriam se escondido em casas dentro de um matagal.
Ainda conforme a PM, um dos suspeitos, que seria o pedreiro, utilizou uma faca para avançar em um dos policiais. Na sequência, o agente militar teria atirado contra Rui, que foi encaminhado para o Hospital Roberto Santos, onde acabou morrendo.
De acordo com a PM, com o pedreiro, foram apreendidas 14 porções de maconha e uma faca, que foram apresentadas à Corregedoria da Polícia Militar, onde o caso foi registrado.
Versão da família
Segundo o relato da família de Rui, a vítima dormia quando os policiais invadiram a sua própria residência. As informações são do g1.
"Se questionarem as pessoas vão falar a mesma coisa que estou falando aqui. Nunca usou droga, nunca se misturou, nunca foi traficante. O policial militar que tirou a vida de meu pai simplesmente acordou ele para matá-lo", afirmou Paula Andrade, filha do pedreiro.
Ainda conforme Paula, o pai dela acordou com o barulho do arrombamento e não foi socorrido imediatamente após ser baleado no abdômen, conforme o relato dos agentes.
"Sem direito de defesa, invasão de privacidade, ele não tem argumento nenhum para me dar. Nem que ele dissesse que meu pai estivesse armado, ele não teria o direito de dar tiro em um lugar fatal, ele daria um tiro em um local que cessasse a atitude que, supostamente, ele disse que meu pai teve", disse.
Segundo Paula, Rui foi baleado às 0h30 e chegou no Hospital Roberto Santos somente às 3h. "Pergunto e quero resposta: o que ele fez nesse tempo com meu pai para que ele chegasse no Roberto Santos às 3h? Preciso de uma resposta e explicação", lamentou.