O silêncio e a tranquilidade que reinavam nos vagões do metrô de Salvador já não são tão presentes como há cerca de três anos. A soneca da galera durante o trajeto pro trabalho já não acontece com tanta normalidade e frequência. Motivo? O crescimento de vendedores informais, membros religiosos, músicos amadores e pedintes de dinheiro nesses espaços.
Essas situações, que se tornaram frequentes na rotina dos trabalhadores soteropolitanos, têm causado incômodo e sensação de insegurança aos usuários. Albano Frederico utiliza o metrô diariamente. E, para ele, tem sido delicado lidar com isso.
"Eles entram discretamente e, dentro dos vagões, começam a vender seus produtos. Também tem os pregadores, que abrem suas bíblias e começam a pregação, o que é proibido, uma vez que transporte é um serviço público. O problema é que alguns deles se aproveitam da aglomeração e furtam as pessoas”, relatou em entrevista ao Massa!.
Ainda de acordo com Frederico, o aumento desse tipo de ocorrência está ligado à redução de agentes da CCR dentro dos trens. “Isso não acontecia quando a concessionária colocava seguranças para circular nos vagões. As coisas eram mais organizadas, pois havia uma fiscalização”, completou. Por meio de nota, a concessionária garantiu que as inspeções continuam.
"A CCR Metrô Bahia informa que realiza rondas periódicas de fiscalização e orientação para coibir o comércio irregular no Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, que é proibido de acordo com o decreto estadual nº 15.197, de junho de 2014, que rege o sistema. A ação visa garantir a livre circulação e o bem-estar dos clientes”, disse.