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Os recentes e recorrentes casos de agressões contra rodoviários, além de outros riscos que são expostos durante o exercício da profissão, levou o sindicato da categoria a se mobilizar para tentar conscientizar a população sobre essas atitudes e alertar as autoridades.
Um dos casos mais recentes aconteceu na tarde do último domingo(16), quando um motorista que transportava passageiros para São Tomé de Paripe foi agredido com socos no rosto, na região de Base Naval, no Subúrbio de Salvador. Um dia depois, na segunda-feira (17), um ônibus que fazia a linha Lapa x Cardeal da Silva foi apedrejado por um homem aparentemente embriagado. O suspeito foi contido pelo motorista e, por causa do impacto da pedra, algumas janelas ficaram totalmente destruídas.
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O MASSA! conversou com Daniel Mota, diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários, que mostrou sua indignação com essas ocorrências violentas.
“Se criou uma cultura de agredir esses profissionais. Sem nenhum motivo, por nada, gratuitamente. Acho que todos devem estar imbuídos para acabar com isso e conscientes de que os rodoviários são os primeiros profissionais que levam as pessoas para os seus destinos, seja para o trabalho, escola, para o médico, enfim, vários compromissos”, disse Mota.
Ainda segundo Daniel, além da violência urbana, a categoria também enfrenta ações criminosas como o caso de ônibus que, por vezes, são incendiados. Em 2024, 10 coletivos foram queimados, enquanto em 2025, dois ônibus foram alvos desse tipo de vandalismo.
Vacilo
Atualmente exercendo a função de supervisor da Integra Plataforma, Luiz Ricardo da Cruz Gonzaga, que integra a categoria há oito anos, lamentou ao dizer que, por vezes, membros da população compactuam com as ações de vandalismo cometidos contra os transportes coletivos.
"Infelizmente, boa parte da população vem sendo conivente, principalmente com a queima de ônibus. Incentivar esse tipo de crime também é uma forma de fazer parte desse ato de vandalismo. E, geralmente, essas pessoas que incentivam são aquelas que não andam de carro, pelo contrário, são aquelas pessoas que dependem do transporte público”, disse Ricardo.