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9ª edição do Festival das Caretas de Tubarão - 17/01/2024, 07:00 - Amanda Souza

Oficina de máscaras se prepara para o Festival das Caretas de Tubarão

A Associação Cultural Quilombo Aldeia Tubarão - QUIAL Tubarão, promoveu, nessa terça-feira (16), uma oficina de produção de máscaras

Mãe Natureza mostrando como confeccionar a careta feita de fronha
Mãe Natureza mostrando como confeccionar a careta feita de fronha |  Foto: Olga Leira | Ag. A Tarde

O carnaval do Subúrbio Ferroviário de Salvador sempre foi um mundo a parte. Mantendo as tradições das festas populares de décadas atrás, a comunidade se prepara agora para a 9ª edição do Festival das Caretas de Tubarão.

Pessoas mascaradas, figurinos criativos e artesanais, muita música e curtição “aquilombada”. Essa é a essência do festival, que acontece sempre um sábado antes do carnaval. Para já entrar nesse clima, a Associação Cultural Quilombo Aldeia Tubarão - QUIAL Tubarão, idealizadora do cortejo, promoveu, nessa terça-feira (16), uma oficina de produção de máscaras.

Natureza França, que está a frente do QUIAL, destaca que envolver as crianças nesse projeto é fundamental para manter a tradição viva. “É importante colocar as crianças nesse processo porque, além da educação artística, elas se apropriam da festa. Usam as máscaras que elas produziram”, afirma. “Estar com elas aqui é mostrar que a responsabilidade de dar continuidade a essa história será delas”, diz.

A oficina de máscaras foi a primeira de uma série de quatro que devem acontecer até o dia do festival. Eles ainda vão participar de ensaios musicais de capoeira e samba de roda, que também fazem parte do cortejo do dia 3 de fevereiro. Tudo isso movimenta a comunidade, diz Natureza.

“É uma festa importante para que a comunidade não perca sua força genuína de estar junto, de ser quilombo e ser aldeia. É uma festa feita por todos”.

TRADIÇÃO

É interessante perceber como a comunidade se engaja em projetos como esse e como as tradições vão passando de geração em geração; homens e mulheres que, quando crianças, vivam o fervor das festas populares do subúrbio, hoje levam seus filhos para participar, como é o caso de Cleiciane do Carmo, mãe da Ana Luiza, de 9 anos. Nascida e criada em Tubarão, Cleiciane conta que revive as próprias memórias junto com a filha nos preparativos para o festival. “Eu tinha até medo quando era criança”, lembra.

“Mas depois entendi e curti muito”. Hoje, ela faz questão de levar a fil“ha para participar. “É uma festa que fortalece a cultura do nosso bairro, o carnaval da comunidade, com caretas e fantasias. Todo festival tem um tema e esse ano será "Meu Quilombo, um encontro precioso", para fortalecer a nossa ancestralidade, nossas raízes de quilombo”, diz. “Sei que é importante para ela estar com outras crianças, aprendendo sobre antigos carnavais, par manter vivo”.

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