Presente no lançamento da Lei Paulo Gustavo, no Teatro Castro Alves (TCA), na noite desta quinta-feira (11), o líder do Sindicato dos Rodoviários da Bahia e vereador Tiago Ferreira (PT) cobrou do prefeito Bruno Reis (União Brasil) a desapropriação de garagens da antiga CSN, para que os espaços sejam vendidos as verbas indenizatórias quitadas. Mais cedo, a categoria aprovou o estado de greve, que deve ser debatido nos próximos dias.
Tiago ainda afirmou que o objetivo do grupo não é a greve, e sim a resolução dos impasses. Os rodoviários também pedem que os empresários da categoria atendam ao pedido de reajuste salarial e outras demandas.
“Esperamos que o prefeito da cidade encaminhe para a Câmara Municipal a desapropriação de algumas garagens da antiga CSN, que quebrou fruto da intervenção feita pela prefeitura na gestão ACM Neto, e ele eu continuidade a essa intervenção, depois houve a caducidade do contrato, houve uma promessa do prefeito de que em 30 dias resolveria o problema, e já tem dois anos”, começou Tiago, que reforçou o pedido de desapropriação.
“Acho que o prefeito ajudaria muito neste momento se ele fizesse a desapropriação das garagens para a construção de escolas, restaurante popular, postos de saúde, equipamentos públicos. Ao mesmo tempo, que ele ia atender os anseios da população de Salvador, também resolveria um problema dos rodoviários”, completou.
Tiago ainda criticou a possível abertura de um debate para a retirada dos cobradores dos buzus da cidade, e reforçou que a categoria deve negociar os termos nos próximos dias. O líder dos rodoviários também pontuou que não houve, até o momento, nenhuma proposta.
“Ao invés de mandar uma proposta como essa, cogita a possibilidade de retirada de mais de cinco mil (5 mil) postos de trabalhos dos cobradores, que nós não vamos permitir. Se isso acontecer, Salvador terá todos os dias manifestações e paralisações, porque não vamos permitir a retirada de postos de trabalho. Ele ajudaria muito a avançar na pauta da campanha salarial, que estamos pedindo o reajuste da salarial da inflação, mais 5% de ganho real, a ampliação do ticket alimentação, com a contrapartida, e tem o famoso banco de horas que tem colocado os rodoviários pra trabalhar por duas horas a mais para receber seis meses depois”, afirmou o vereador.
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“Na terça-feira (16) marcamos uma negociação mediada pelo MTE, e esperamos poder avançar, e que a gente consiga o consenso na mesa de negociação, o nosso objetivo não é fazer greve, é resolver o problema. Mas a greve é um direito constitucional, e a gente irá utilizar se for necessário para assegurar o direito dos trabalhadores”, continuou.
“Até o momento não há nenhuma proposta [...] Estamos na estaca zero. Se hoje está colapsado, foi fruto da escolha que ele fez”, completou Tiago Ferreira.