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Absurdo - 20/07/2023, 21:43 - Da Redação

"Nunca tive problema", afirma médico acusado de assédio em Salvador

Mulher procurou atendimento por sentir fortes dores geradas por infecção urinária

O ginecologista negou ter cometido assédio sexual, porém foi afastado
O ginecologista negou ter cometido assédio sexual, porém foi afastado |  Foto: Reprodução/Google Street View

Uma administradora, de 43 anos, que não teve a identidade revelada, aponta que um ginecologista, identificado como Elziro Gonçalves de Oliveira a assediou durante uma consulta no centro médico do plano Caixa Assistência dos Empregados do Baneb (Casseb), em Salvador, há um mês.

A mulher procurou atendimento por sentir fortes dores geradas por infecção urinária. Antes da possível agressão, a mulher tinha interesse em marcar uma consulta com um urologista, porém não teve êxito. Dessa forma, a atendente sugeriu que ela fosse atendida por um ginecologista.

Segundo o g1, o médico foi afastado dos atendimentos do plano durante a apuração da Polícia Civil da Bahia (PC-BA) sobre o caso.

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No decorrer da consulta, o ginecologista sugeriu um preventivo. "Eu não consigo dormir direito. Eu acordo lembrando disso. Eu me pego lembrando disso, quando eu vou para o banho, eu lembro disso. A roupa que eu usei naquele dia joguei fora", lamentou.

Como havia realizado o último preventivo há muito tempo, ela aceitou fazer o procedimento. "Começou a tocar, apalpar meus mamilos, apertava os mamilos, perguntava se eu estava tendo sensibilidade e eu já havia dito que não tinha sensibilidade, mas ele insistia muito", detalhou. Segundo a mulher, o médico não usou luvas, máscaras e retirou o lençol que cobria as pernas durante o preventivo.

"Você se masturba? Ele me perguntou dessa forma e eu me calei. Aí insistiu, perguntou que tipo de aparelho eu usava para me masturbar e ainda chegou a falar assim: 'É... Você está muito tensa, muito nervosa, precisa relaxar’", descreveu a mulher.

O ginecologista de 71 anos negou a acusação. "Eu fiz a minha defesa. É... Não houve nada do que a paciente está alegando. Não estou entendendo o porquê. Nunca tive uma queixa, nunca tive um problema". O médico viajou para outro estado.

Por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina (Cremeb) relatou que o processo tramita em sigilo e se as denúncias forem comprovadas, as sanções podem ir de advertência até cassação do exercício profissional. A direção do Casseb informou que convidou a denunciante para ser ouvida três vezes, mas teve os pedidos negados.

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