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Cheias do pau - 19/06/2024, 08:55 - Madson Souza | Portal A Tarde e Da Redação - Atualizado em 19/06/2024, 09:36

Número de mulheres que morrem 'bebas' no volante sobe mais de 16%

Ocorrências aumentaram de 77 para 90 de 2021 para 2022

Trânsito intenso em Salvador
Trânsito intenso em Salvador |  Foto: Rafaela Araújo / Ag. A TARDE

O número de mulheres que morreram dirigindo 'cheias do goró' subiu 16,9% na Bahia, quando colocado lado a lado com os anos de 2021 e 2022. Os dados são do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA).

Apesar do aumento de casos de mulheres 'bebas' no volante, as ocorrências com homens ainda comandam as estatísticas no estado. O número das 'mulé' subiu de 77 para 90 de 2021 para 2022, enquanto entre dos homens são de 726 para 745 - aumento de 2,6%.

Segundo o Tenente-Coronel e coordenador executivo de trânsito do Detran Bahia, Orlando Rodrigues, o aumento nas laranjadas entre elas é fruto de uma mudança cultural. “As mulheres estão mais independentes hoje, mais inseridas no mercado de trabalho, dirigem mais, então consequentemente esse número das que bebem e dirigem também cresce”.

Para a socióloga e coordenadora do CISA, Mariana Thibes, o alto número entre eles está ligado à masculinidade. “Muitos acreditam que é um sinal de fraqueza admitir que a bebida altera a capacidade de dirigir. ‘Fulano é fraco pra bebida, não consegue dirigir quando bebe’. Não existe isso. Qualquer quantidade de álcool, por menor que seja, já prejudica a capacidade do motorista de conduzir, mesmo que ele não perceba. Pode ser o cara mais forte do mundo, mas vai ter um efeito”.

A Bahia tem uma taxa de 5,6 mortes por acidente de trânsito ligado a cachaça a cada 100 mil pessoas em 2022. O valor está acima da taxa nacional, que é de 5 mortes por 100 mil habitantes. Outro número barril no estado é que aumentaram os óbitos por direção alcoolizada em 4% (de 803 para 835).

A fiscalização está na pista. Este ano já foram 1.163 autuações de alcoolemia feitas no estado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), com 72.273 testes realizados e 55 pessoas detidas. Um dos trunfos para a diminuição da prática de beber e dirigir, segundo o chefe de comunicação da PRF, Mário Henrique, é a rigorosidade da Lei Seca.

É considerado infração gravíssima dirigir e consumir bebida alcoólica e tem como punição a aplicação de multa no valor de R$ 2.934,70, suspensão da carteira de habilitação por um período de 12 meses e o veículo fica retido até que se apresente um condutor habilitado. Além da possibilidade de responder criminalmente pelo ato.

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