O Dia Mundial de Conscientização do Autismo é celebrado nesta segunda-feira (2). Apesar de um mundo ainda longe de ser ideal para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), alguns avanços vão sendo conquistados. Um dado interessante a ser destacado é que, de 2022 para 2023, o número de crianças e adolescentes matriculados em salas de aula comuns saltou de 405.056 para 607.144, representando um aumento de 50%.
Em 2017, por exemplo, esse número era de apenas 100 mil alunos, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A convivência entre pessoas com e sem deficiência é crucial, tanto do ponto de vista social, criando uma noção de cidadania e igualdade, quanto do educacional, pois a escola deve ter uma abordagem que permita a compreensão das diferenças estabelecidas, garantindo a inclusão de todos os alunos.
Apesar desses números serem animadores, é preciso mais. Muitas vezes, alunos com TEA enfrentam problemas na escola, como falta de preparo por parte dos professores, que precisam buscar melhorias por conta própria, falta de adaptação das atividades ou aulas para acomodar esses jovens com autismo e ausência de profissionais preparados para lidar com surtos de agressividade ou outros sintomas.
Outro ponto preocupante é o bullying, no qual pessoas com autismo frequentemente são alvo de preconceito. Os colegas sem deficiência consideram-nos diferentes e acabam isolando-os ou fazendo piadas que os machucam.