O Núcleo Assistencial para Pessoas com Câncer (Naspec) está passando por sérias dificuldades financeiras, correndo o risco de fechar as portas. Os impactos da pandemia nas doações e o encerramento da parceria com o telemarketing na captação de donativos, levaram a instituição a pedir socorro a população. Romilza Medrado, presidente da instituição, faz um apelo às doações de qualquer valor por meio do pix 01428475000146, CNPJ do Naspec.
O Núcleo conta com uma infraestrutura de 72 leitos, equipe multidisciplinar de voluntários, refeitório, salas de atendimento e entretenimento, acomodações para os acompanhantes dos pacientes, entre outros. De acordo com Romilza, as maiores necessidades do momento são “papel higiênico, material de limpeza, detergente, desinfetante, água sanitária, papel toalha, café, leite, macarrão, feijão”, além de outros itens para manutenção da estadia dos pacientes.
A população pode doar no próprio núcleo, que fica no fim de linha do Engenho Velho, ao lado da delegacia da mulher, ou por meio do pix. No dia 7 deste mês, o Naspec encerrou a parceria com o telemarketing, uma importante fonte para obter recursos financeiros. “Infelizmente não pudemos continuar devido a uma série de questões que não combinavam e estavam impactando os direcionamentos do Naspec”, explica Romilza.
O impacto do rompimento é de aproximadamente 40% do que o Núcleo costumava arrecadar. “A situação é desesperadora. Contamos com o apoio de pouquíssimos municípios, e as doações estão diminuindo rapidamente. Sem a solidariedade que sustentou nosso Núcleo por tanto tempo, enfrentamos uma realidade assustadora”, afirma. O Naspec recebe pacientes com câncer dos 416 municípios da Bahia e capital, além de contribuir com uma rede de informações sobre a doença que atende todo o estado.
A presidente revela ainda que as campanhas de fim de ano não surtiram o efeito necessário para sair do vermelho. O Núcleo conta ainda com doações de algumas unidades privadas, mas nenhum apoio governamental. “Isso é muito triste, o Naspec cuida de pessoas carentes com câncer e elas são sim de responsabilidade do estado”, exclama. Apesar do impacto dos últimos acontecimentos, Romilza mantém a esperança de um ano melhor para o Naspec. “Acreditamos que com o apoio da sociedade, a gente com certeza vai conseguir superar”, diz.