O Dia Internacional de Combate à LGBTIFobia, celebrado na sexta-feira (17), trouxe à tona dados impactantes sobre os casos de assédio no mercado de trabalho sofrido por pessoas LGBT+.
Uma pesquisa divulgada pela ONG Rede Trans Brasil apontou que os principais crimes contra esse público no ambiente profissional são a difamação, a desqualificação e a humilhação. Após a conclusão da pesquisa, percebeu-se que, com 39,6%, as mulheres trans são as mais afetadas por esses crimes, seguido dos homens trans (26,4%) e travesti (15,1%).
No levantamento também foram reveladas quais regiões do Brasil concentram os maiores números desses tipos de ocorrências. A região Sudeste lidera com 32,1%, enquanto o Norte aparece com (22,6%) e o Nordeste surge em terceiro lugar, com 20,8%. Os dados também mostraram que 49,1% - das 53 pessoas trans - que participaram da pesquisa -, atuam em empresas privadas, 28,3% na administração pública e 5,7% em ONGs.
Para Renildo Barbosa, presidente do Pro Diversidade e coordenador estadual da Associação Brasileira de Famílias Homoafetivas (Abrafh), as empresas precisam adotar medidas que contribuam com a redução de assédios no ambiente corporativo. "De fato os travestis e trans sofrem bem mais porque são menos apoiados e estão mais vulneráveis.. Então, além de abrir vagas para o público LGBTI+, é importante realizar ações internas de conscientização, letramento e inclusão com todos os funcionários e diretores das organizações", disse Renildo em entrevista ao MASSA!.