Após a conclusão das investigações sobre o caso da sobrinha que levou o tio para assinar um empréstimo numa agência bancária, no Rio de Janeiro, o delegado Fabio Luiz Souza, da 34ª DP (Bangu), responsável pela apuração do caso, afirmou não haver dúvidas de que Érika Souza sabia que Paulo Roberto Braga já estava sem vida no momento que chegou à agência. Segundo a TV Globo, as informações estão no relatório enviado pela polícia ao Ministério Público.
"Não há dúvidas que Érika sabia da morte de Paulo, mas, como era a última chance de retirar o dinheiro do empréstimo, entrou com o cadáver no banco, simulou por vários minutos que ele estava vivo, chegando a fingir dar água, pegou a caneta e segurou com sua mão junto a mão do cadáver de Paulo, contudo, como os funcionários do banco não dispersaram a atenção, não pôde fazer a assinatura", escreveu a autoridade.
Érika passou também a ser investigada pelo crime de homicídio culposo (quando não há a intenção de matar), uma vez que levou o tio em "situação gritante de perigo de vida" para o banco e não para uma unidade médica.
"Considerando que no dia 16/4/2024, certamente percebendo que Paulo estava em situação gritante de perigo de vida, o que pode ser vislumbrado pelas declarações de todas as testemunhas que tiveram contato com a vítima, ao invés de ir novamente ao hospital ela se dirigiu ao shopping, configurando uma gritante omissão de socorro, determino; proceda-se a novo registro de ocorrência para apurar o delito de homicídio culposo", continua o relatório.
A mulher está presa preventivamente e já era alvo de investigações por vilipêndio de cadáver e tentativa de furto mediante fraude.