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Luta que segue - 11/02/2025, 13:16 - Amanda Souza e Jaísa de Almeida - Atualizado em 11/02/2025, 14:07

Moradores e trabalhadores protestam no Pelourinho após desabamento de igreja

Manifestantes cobram responsabilidades e temem impacto no turismo após tragédia "

Grupo cobra respostas após tragédia em igreja
Grupo cobra respostas após tragédia em igreja |  Foto: Amanda Souza / Portal MASSA!

O Pelourinho, coração histórico e cultural de Salvador, vive um momento de luto e indignação. O desabamento do teto da Igreja de São Francisco de Assis, incidente, que vitimou uma jovem de 26 anos, foi o estopim para uma manifestação de moradores e trabalhadores da região nesta terça-feira (11), que cobram responsabilidades.

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Ana Lavigne, guia de turismo há 23 anos, não esconde a tristeza ao falar sobre o ocorrido. "Quase todo dia a gente tava aqui, mostrando essa joia do barroco, uma das cinco igrejas mais lindas do mundo. E, por puro descaso, ela foi destruída. O teto, espetacular, desabou e agora a igreja tá interdita. É uma perda imensa para a cidade, para o turismo e para a nossa história", desabafa.

A revolta dos manifestantes é clara. "Primeiro, a gente tá indignado com esse descaso. Segundo, a Polícia Federal precisa apontar os responsáveis. Isso não pode acontecer com nenhum imóvel, muito menos com uma igreja desse quilate, que era a cereja do bolo dos nossos pontos turísticos", afirma Ana.

Ela ainda lembra da jovem que perdeu a vida no acidente: "Foi lamentável. Uma menina de 26 anos, visitando uma joia que é uma das sete maiores construções portuguesas no mundo".

A guia também revela que escapou por pouco da tragédia. "Não sei que milagre foi esse de nenhum guia ter morrido ali. Eu mesma tive um livramento. Ia estar lá com uma família de suíços, mas eles não apareceram. Se tivesse acontecido, eu estaria lá. Isso me deixou ainda mais assustada. Todo guia entra nessa igreja, todo mundo quer visitar. É uma perda irreparável".

Impacto no turismo e alerta para o futuro

A preocupação com o impacto no turismo é inevitável. "Claro que vai ter impacto. Ninguém vai deixar de vir a Salvador, mas vai faltar algo. A Igreja do Ouro era parada obrigatória, uma coisa linda, indescritível. Agora, vai ficar meio capenga. E não sabemos quanto tempo vai levar para recuperar", lamenta Ana.

Carol Carvalho, outra guia de turismo presente no protesto, reforça a necessidade de conscientização. "Acho que deveria haver uma formação da população sobre a importância desse patrimônio. É a nossa história, não é? A gente não caiu do céu aqui. Construímos isso ao longo de cinco séculos. E agora, em tempo recorde, a gente vê casas e igrejas desmoronando. Precisamos de prevenção, de cuidado, de valorizar o que é nosso

Os turistas, segundo os manifestantes, já percebem o descaso. "Eles comentam que falta cuidado, que precisa de mais atenção. Com esse ato, a gente quer chamar os gestores para abraçar a causa", finaliza Antônio.

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