Saúde em descaso. Este é o cenário do município de Serra Preta, centro-norte da Bahia. Quem depende de medicamentos, não tem encontrado nas Unidades de Saúde locais.
A zona rural do município é a que mais tem sofrido, como no povoado de Buraco d'água, que desde o último mês de setembro, faltam medicamentos de uso contínuo para diabetes, pressão alta e colesterol.
"Medicamentos como Losartana, Gliclazida, Clortalidona, entre outros estão há mais de 3 meses em falta. A gente vai no CAPS do distrito de Ponto de Serra Preta e os medicamentos também estão em falta", disse uma moradora que não quis se identificar.
De acordo com a denúncia, os pacientes chegam nas farmácias das Unidades de Saúde, e funcionários informam sobre a falta dos medicamentos, e que não há previsão de chegada.
"Queremos saber do secretário de Saúde, Antonio Messias, bem como do prefeito Franklin Leite, até quando esse descaso com a sociedade", questiona outra moradora.
Falta d´água
Outra denúncia da população contra a gestão do prefeito Franklin Leite (UB) é a falta d'água, sobretudo na zona rural. Os povoados de Fazenda Roma, Fazenda Lagoa Velha, Buraco d'Água, Licurizal, Sapateiro e Batista sofrem com a situação, e que o valor de um carro de água com 10 mil litros chega a custar R$ 350 reais.
"Serra Preta é um município que as pessoas não têm condições para comprar água neste valor. Aqui é um município onde a maioria vende o almoço para comprar a janta", disse outro morador.
"Os parlamentares que representam as localidades não dialogam e não dão atenção para o povo. É uma falta de compaixão enorme, que às vezes o povo fica em frente às residências esperando algum vereador passar na estrada para tentar um diálogo. Porém, quando passam, fingem não ver o povo. É uma humilhação sem tamanho", completou.
A reportagem tentou contato com a Prefeitura, mas não obteve resposta aos questionamentos.