O taxista Regivaldo dos Santos Santana, de 51 anos, foi enterrado nesta quarta-feira (12) no Cemitério Municipal de Brotas, em Salvador. Durante a cerimônia, a esposa de Geni, como era conhecida a vítima, não segurou a emoção e clamou por justiça.
"Matou meu esposo na covardia. Isso é um pedido de socorro. Queremos a Justiça para ter um pouco de tranquilidade no coração. Só peço a justiça de Deus e dos homens", suplicou Claudia Matos em entrevista ao Portal MASSA!.
Geni foi morto nesta terça-feira (11) atingido com golpes de faca, após briga por uma vaga de veículo no bairro Itaigara, em Salvador. O caso aconteceu por volta das 14h, um pouco mais à frente de um centro comercial na Avenida Antônio Carlos Magalhães.
Regivaldo foi atingido por João Rodrigues Barbosa, de 60 anos, também taxista, motivado por um desentendimento no mês passado, segundo informações obtidas pelo Grupo A TARDE. O suspeito está foragido.
Entenda o caso
Em entrevista ao Grupo A TARDE o perito criminal José Carlos Montenegro confirmou que Genivaldo estava almoçando no momento do ocorrido, quando foi atingido por golpes de faca de mesa no coração:
"Ele foi atingido no interior do veículo ou nas proximidades, mas pela condição interna do carro, tudo indica que ele estava dentro do automóvel. Ele foi encontrado na calçada, o que sugere que houve deslocamento do interior do carro para o local", afirmou o perito criminal.
O irmão de "Geni", Renildo dos Santos Santana, de 50 anos, disse ao Grupo A TARDE que os dois discutiram por causa da ordem de carros seguida pelos taxistas, que não foi respeitada por João Rodrigues, o que levou a uma discussão que durou cerca de 30 minutos. Ainda conforme informações do irmão de Regivaldo, após esse episódio, não houveram mais discussões.
“Eu interferi na discussão, mas um taxista [não identificado] chamou o filho dele, e começou outra discussão, dizendo que ia pegar meu irmão”, disse Regivaldo emocionado. Segundo ele, o irmão marcou para começar as corridas às 13h30 desta terça, em um grupo de WhatsApp, em que os taxistas que trabalham no espaço cedido em frente ao prédio comercial, se comunicam.
No entanto, o “guardador de veículos” chamou outro colega que executa a mesma função para avisar que seu irmão tinha sido ferido. “Meu irmão já estava aqui no subsolo morto. Infelizmente hoje ele não vai ser mais taxista, deixou quatro filhos”, disse Renildo.
"Peço a esse taxista que se entregue à polícia para fazer o depoimento dele, explicando o motivo de ter tirado a vida do meu irmão. Tinha necessidade de tirar a vida dele por uma discussão que aconteceu há um mês atrás?", declarou Renildo.