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Investigação - 16/05/2023, 07:00 - Amanda Souza

Marinha investiga morte de peixes no Subúrbio

A situação aconteceu na última quinta-feira (11)

A situação aconteceu na última quinta-feira (11)
A situação aconteceu na última quinta-feira (11) |  Foto: Reprodução Internet

A rotina da comunidade de São Tomé de Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, foi alterada desde a última quinta-feira (11), quando pescadores se depararam com a areia da praia repleta de peixes e siris mortos. Desde então, preocupados e sem saber o que teria causado o fenômeno, a realidade é de uma praia vazia, canoas viradas na areia e pesca suspensa.

O pescador Nilton Araújo, que também é morador da comunidade, conta que as coisas devem permanecer assim até que se saiba o que causou a morte dos animais. “Estamos aguardando um parecer dos órgãos que vieram aqui”, destaca.

“Mas já prejudicou a pesca e o comércio local, porque ninguém quer comer o peixe frito sem saber o que tem na água, por exemplo”, diz.

Os moradores da região têm atribuído a ocorrência às atividades da operadora portuária Intermarítima, que funciona no local.“Após a chuva forte da última semana, uma parte do muro da empresa cedeu e a água com produtos químicos chegou no mar”, detalha Nilton.

“Ainda tem a limpeza dos produtos que eles descarregam, a água suja vai para o mar”, concluiu. Em nota, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) informou que enviou uma equipe técnica para inspecionar o local e que não havia “indicativo de qualquer vazamento”.

Além do Inema, uma equipe da Marinha do Brasil, por meio do Comando do 2.º Distrito Naval, também esteve presente e, em nota, atestou não terem sido encontradas regularidades na área relatada pelos moradores e pescadores da região.

Por meio de nota, a Intermarítima informou que “segue rigorosamente todos os protocolos ambientais e não manuseia produtos químicos, apenas granel sólido, em sua maioria fertilizantes para agricultura, com todas as medidas de segurança que impedem qualquer possibilidade de vazamento”.

A mortandade dos animais, ainda sem explicação, segue preocupando os moradores, pecadores e comerciantes da região de São Tomé de Paripe. “Não sabemos se dá pra tomar banho, se é segura pescar e vender o peixe... o que a gente quer é saber qual é o problema”, diz o pescador Nilton.

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