Apontado como líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, sofreu uma derrota no Supremo Tribunal Federal (STF) após ter negada uma ação movida contra o Sargento Fahur (PSD-PR). Em um podcast, o deputado federal bolsonarista afirmou que Marcola “toma remédios fortíssimos para não defecar sangue” por causa de “inserções indevidas de baterias no próprio ânus”.
O advogado Bruno Ferullo, que representa Marcola, pediu explicações ao Supremo à respeito das declarações do parlamentar. O pedido, no entanto, não foi aceito. A decisão foi tomada após votação unânime dos ministros Luiz Fux, relator do caso, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
A defesa de Marcola tentava entender se o Sargento Fahur acessou o prontuário médico do líder do PCC e questionava o porquê de uma informação “relativamente sigilosa”, que não foi confirmada como verídica, foi divulgada pelo deputado em uma entrevista ao vivo na internet.
Policial militar reformado, Sargento Fahur disse que conseguiu a informação secreta sobre Marcola com agentes que trabalham no presídio da Papuda, em Brasília, local onde o líder máximo do PCC está preso desde janeiro do ano passado, após transferência da penitenciária de Porto Velho, em Rondônia.
Segundo argumento de Ferullo, a fala do parlamentar bolsonarista poderia configurar crime contra a honra, mas o ministro Luiz Fux assinalou que o caso em questão não é passível de pedido de explicações.
“Uma vez que está revelada a certeza do interpelante [Marcola] quanto à prática de fatos ofensivos à sua honra, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não autoriza que se dê processamento ao pedido de explicações”.