Erivelton Teixeira, prefeito da cidade de Carolina, no Maranhão, é acusado de praticar um aborto ilegal, sem o consentimento da vítima, com quem ele tinha um relacionamento. O crime ocorreu em um motel, de acordo com o Fantástico, programa da TV Globo.
A vítima Rafaela Maria Santos contou na entrevista que caiu em uma armadilha. “Estranhei, porque a gente se hospedava sempre no mesmo hotel. Sempre ia para o mesmo hotel, e ele me levou pra esse motel”, disse.
Leia mais: Carreta empacotada com argamassa e cerâmica gira na BR-101
Confira: Caixa de papelão vira ‘malocada’ de drogas e suspeitos vão em cana
Veja também: Santo Estêvão recebe Campeonato Baiano de Jiu-jitsu com 400 atletas
Alegando que faria um exame pré-natal em Rafaela, o gestor atraiu a vítima para o novo local. No entanto, segundo o Ministério Público do Tocantins, a mulher foi submetida a um aborto sem consentimento.
O caso ocorreu há seis anos, mas só agora Erivelton, que é médico, virou réu. Na época do crime, ele estava em seu primeiro mandato.
O boletim de ocorrência foi registrado nove meses depois do ocorrido. De acordo com o documento, o prefeito sedou a vítima por mais de uma vez. “Na segunda vez foi horrível. Eu senti como se minha garganta fechasse ou alguém me apertasse. E eu olhei para ele e falei: ‘Eu não estou me sentindo bem’. Foi quando eu olhei para ele e já via tudo embaçado”, relatou Rafaela ao Fantástico.
A polícia acredita que o próprio prefeito tenha realizado o aborto no motel. “Não houve qualquer divergência entre as testemunhas. Não há, por parte da Polícia Civil, dúvida de que aconteceu ali um aborto”, destacou a delegada Daniela Caldas.
O motorista de Erivelton Teixeira, Lindomar da Silva Nascimento, que também é vereador, é suspeito de ter participado do crime. “O efeito demorou a passar muito tempo. E, quando eu comecei a acordar, eu estava dentro do carro, na estrada, voltando pra minha cidade, no banco da frente. E eu escutei a voz de outra pessoa. Foi quando eu olhei para trás e vi que o Lindomar estava no banco de trás”, contou a vítima.
Em nota enviada ao Fantástico, a defesa de Erivelton Teixeira e de Lindomar Nascimento alegou que seus clientes não foram notificados da ação penal e que tem total confiança em um veredito justo.