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Cobrança - 25/04/2025, 06:00 - Silvânia Nascimento - Atualizado em 25/04/2025, 08:09

Manifestantes pedem fim da resolução que restringe cirurgias de mudança de gênero em crianças

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais e o Instituto Brasileiro de Transmasculinidades acionaram o Supremo Tribunal Federal

Manifestação ocorreu nesta quinta (24)
Manifestação ocorreu nesta quinta (24) |  Foto: Olga Leiria / Ag. A TARDE

A Resolução 2.427/2025 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que restringe terapias e cirurgias de mudança de gênero em crianças e adolescentes, levou a população de travestis e transexuais a realizar uma manifestação, nesta quinta-feira (24), na frente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), no bairro de Ondina, em Salvador.

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Os manifestantes se dizem contra a resolução que também veda a prescrição de bloqueadores hormonais para crianças trans. Para eles, essa proibição vai de contra os direitos humanos e pode ocasionar problemas psicológicos nas crianças e adolescentes que não se reconhecem com o gênero de nascença.

Imagem ilustrativa da imagem Manifestantes pedem fim da resolução que restringe cirurgias de mudança de gênero em crianças
Foto: Olga Leiria / Ag. A TARDE

“Nós viemos reunir a população trans por entender que essa resolução do Conselho Federal de Medicina é um retrocesso nos direitos humanos, principalmente de pessoas trans e travestis, porque a nossa população precisa desse acompanhamento médico, em especial crianças e adolescentes. Esse ato é para dizer que nós não ficaremos impunes, caladas e calades. Essa lei tem um impacto negativo na saúde de pessoas trans, gerando, sobretudo o bullying”, destacou Camille Nascimento, coordenadora do Fórum Baiano LGBT.

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e o Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat) acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que seja garantido o direito fundamental ao livre desenvolvimento da personalidade de crianças trans.

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Foto: Olga Leiria / Ag. A TARDE

Entidades revoltadas

Sandra Muñoz, coordenadora da Casa Marielle Franco, uma espaço de acolhimento para pessoas LGBTQIA, também estava presente no ato.

“A gente lutou muito pra conquistar com o Ministério da Saúde. E aí, o Cremeb faz essa resolução ferindo os direitos humanos. O Brasil inteiro está realizando esse movimento. Vários adolescentes estão esperando para fazer esse procedimento, mas o CFM está decidindo pelos corpos, nossos corpos. A gente quer que o Cremeb interfira nisso”, disse em entrevista ao MASSA!. Os manifestantes temem que crianças e adolescentes trans busquem outros meios para fazer o uso desses bloqueadores.

Imagem ilustrativa da imagem Manifestantes pedem fim da resolução que restringe cirurgias de mudança de gênero em crianças
Foto: Olga Leiria / Ag. A TARDE

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