A Campanha Maio Amarelo, que busca reduzir acidentes e mortes no trânsito, traz à tona graves sequelas, incluindo lesões, causadas por sinistros em estradas. Só entre janeiro e abril deste ano, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) computou 1.232 acidentes, com 1.523 pessoas feridas e 164 mortos, na Bahia.
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Ao MASSA!, o médico Nivaldo Cardozo, coordenador do setor de Ortopedia e Traumatologia do HMDE e do Hospital Mater Dei Salvador (HMDS), especificou quais as lesões mais comuns.
“As mais comuns incluem fraturas, principalmente em braços, pernas e costelas, traumatismo cranioencefálico, lesões na coluna vertebral, hemorragias internas, lacerações e cortes profundos, contusões e escoriações. Geralmente, o público mais afetado são jovens adultos, especialmente entre 18 e 35 anos. Eles estão mais expostos por serem os que mais dirigem, pilotam motos ou andam de bicicleta, muitas vezes em alta velocidade e, por vezes, sem usar equipamentos de segurança adequados”, detalhou.
A PRF Fernanda Maciel destacou que as motocicletas são grandes causadoras dessas tragédias que, por vezes, fazem vítimas fatais. “O número de sinistros graves, aqueles que têm óbitos ou pessoas com lesões graves, costuma ser alto em nossas rodovias. São sinistros que envolvem, principalmente, veículos de passeio e motocicletas também. Em cidades do interior, encontramos, infelizmente, um número alto de acidentes em motos. Muitas pessoas insistem em pilotar esse tipo de veículo sem a utilização do capacete, sem habilitação e transportando pessoas em número excessivo”, alertou.
O médico Nivaldo também apresentou quais as sequelas mais graves podem acometer uma pessoa vítima de acidente de trânsito. “Paralisia [devido a lesões na medula espinhal], amputações, comprometimento neurológico, dificuldades motoras ou cognitivas permanentes e transtornos psicológicos, como estresse pós-traumático”, explicou o especialista.
Como ajudar as vítimas
Quando questionado sobre de que forma ajudar as vítimas de um sinistro, o médico alertou para algumas orientações que podem ser colocadas em prática até a chegada da equipe médica no local do acidente.
“De forma segura, o ideal é acionar imediatamente os serviços de emergência (SAMU - 192, Bombeiros - 193), sinalizar o local para evitar novos acidentes, conversar com a vítima, mantendo-a calma e consciente, verificar se há sangramentos externos e, se possível, conter com compressão leve (sem movimentar a pessoa), nunca oferecer água, comida ou tentar retirar capacetes de motociclistas”, disse Nivaldo durante entrevista ao MASSA!.
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