A Ialoxirá Mãe Iara D'Oxum organizou uma manifestação contra um suposto crime de intolerância religiosa que ela teria sofrido de uma funcionária do Salão Master, que fica localizado no Shopping Salvador Norte, no bairro de São Cristóvão.
O protesto foi iniciado no início da tarde deste sábado (25), em frente ao estabelecimento, e contou com o apoio de várias pessoas usando as vestimentas comuns aos membros de religiões de matriz africana, que também levaram instrumentos de percussão. Em resposta ao Portal MASSA!, o Salão Master e sua defesa negaram a acusação de Mãe Iara e alegaram que a funcionária não conseguiu atender a Ialorixá por ela ter se atrasado, e não por causa da religião.
Veja o protesto:
Responsável pelo terreiro Ilê Tomin, localizado em Cajazeiras 11, Mãe Iara usou as redes sociais para expor a situação que teria passado ainda na tarde de ontem (24), quando saiu do salão. Em um vídeo gravado na porta da 12ª Delegacia, em Itapuã, ela afirmou que a funcionária teria dito que não iria atendê-la pelo fato dela ser do candomblé, após notar que ela estava de branco na sexta-feira. O desabafo começou a repercutir nas redes sociais, até que ela teve a ideia de ir pessoalmente se manifestar contra o suposto caso de intolerância e racismo religioso.
"Fui fazer minha unha no Salão Master e sofri racismo religioso por parte de uma funcionária do estabelecimento que se recusou a me atender e deu preferência a uma mulher branca", escreveu a Mãe de santo.
Salão nega acusações
Em entrevista ao Portal MASSA!, a proprietária do Salão Master e sua defesa afirmaram que a versão de Mãe Iara não é verdadeira. Eles disseram que ela teria saído do salão após ter 'feito' o cabelo e ainda voltaria para fazer as unhas. A Ialorixá teria demorado muito de voltar, passando do período de tolerância, e por isso não teria sido atendida. Diante da informação de que não poderia mais fazer as unhas, ela teria xingado e humilhando a manicure, ainda de acordo com o relato da dona do estabelecimento.
O Salão Master ainda contou que tentou resolver a questão de forma pacífica, em uma reunião, mas Mãe Iara não teria concordado. O estabelecimento ainda diz que a funcionária que iria atendê-la também é do Candomblé, estava de branco e teria falando "sou do Axé" quando a confusão começou.