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Faça uma boa ação - 28/07/2023, 06:40 - Maria Laura S. de Souza - Atualizado em 28/07/2023, 09:28

Mãe cria campanha para comprar remédios para filha em Salvador

Perlla tem 7 anos e é portadora de microcefalia e paralisia cerebral

Cada caixa de medicação custa R$ 375
Cada caixa de medicação custa R$ 375 |  Foto: Rafaela Araújo/Ag. A TARDE

Priscila Sátiro de Jesus, mãe de Perlla Sátiro está realizando uma campanha de arrecadação de fundos para comprar remédios para sua filha. Perlla tem 7 anos, tem microcefalia, paralisia cerebral e sofre convulsões por epilepsia. O medicamento Sabril Vigabatrina, oferecido pelo SUS, foi recentemente recolhido dos Hospitais e Farmácias por suspeita de contaminação do lote. As doações podem ser feitas no pix 71 9188-2930, em nome de Priscila Sátiro de Jesus.

Cada caixa da medicação custa R$375,00. “Ela precisa do remédio por causa das crises convulsivas que são de difícil controle, cada caixinha tem 60 comprimidos e ela toma um e meio de 12h em 12h”, revela a mãe. Ela conta ainda que pegava o remédio no Hospital Mário Leal, mas no dia 26 de junho, foi informada de que não havia mais medicação disponível. “Eles simplesmente não ligaram pra mim, eu que liguei e eles disseram que iriam suspender a medicação”, afirma.

Durante o período em que Priscila não pôde pegar a medicação, Perlla continuou tomando o remédio comprometido. Priscila explica que tomou essa decisão por não poder suspender o tratamento de forma repentina. “Por isso eu fiz a campanha para comprar a medicação, mas uma semana depois descobri que ele tinha sido suspenso de todas as farmácias, ainda assim consegui comprar uma caixa do lote não contaminado e ela está tomando dele agora”, informa.

No dia 1 de agosto, Perlla tem consulta marcada com neuropediatra para substituir o medicamento que ela usa agora. “Procuramos um atendimento particular, não recebemos suporte nenhum pra nada”, evidencia a mãe.

A pesar de não interromper o tratamento, a Priscila revela que Perlla apresentou sintomas estranhos com o uso do medicamento comprometido. “Ela teve falta de sono, irritabilidade e as vezes nervoso, sem a medicação, ela tem crises e não dorme, grita, fica toda torta: boca, olhos, braços, pernas, tudo torto”, aponta.

No dia 21 deste mês a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), por meio Coordenação de Assistência Farmacêutica na Atenção Especializada (COAFE), informou em nota que a empresa distribuidora da medicação se viu na necessidade de recolher 4 lotes do medicamento “como medida de precaução, devido a um evento de qualidade no fornecedor da matéria prima”. A nota afirma ainda que a “previsão de retorno à normalidade do abastecimento do medicamento Sabril 500mg (Vigabatrina) é o final de 2023”.

A Sesab, por meio de assessoria, informou ainda que existe medicação alternativa “no mesmo local onde era oferecida a medicação controlada” (Hospital Mário Leal). Porém, nossa equipe entrou em contato com a farmácia do Hospital, que indicou que a medicação alternativa precisa ser apontada por um médico neurologista. “Já entramos em contato com alguns pacientes que conseguimos o retorno, não são muitos os que temos aqui, mas eles já estão orientados para procurar um neurologista”, sinalizou.

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