O Carnaval já passou, mas ainda tem serpentina caindo por aí. No Corredor da Vitória, bem pertinho do circuito Osmar, o Museu de Arte da Bahia (MAB) está promovendo uma semana de exposição e oficinas para criação de fantasias e adereços a partir de materiais recicláveis e descartados durante a festa.
A atividade temática sustentável, que é uma parceria entre o MAB, os coletivos Eterna Juventude, Amigas da Vitória – coletivo Girassol e o museu Margarida e Carlos Costa Pinto, começou ontem e vai até domingo (25), das 13h às 17h. O diretor do MAB, Pola Ribeiro, destacou que essa é uma atividade aberta ao público.
“Pensamos em um formato de algo para que as pessoas pudessem utilizar mais o museu”, disse. “É o formato foi esse, uma oficina dialogue sobre questões ambientais. É a forma que o Museu encontrou de trazer essas questões para a sociedade, com beleza, com mobilização social, inclusão de pessoas e dinâmica”, ressaltou o diretor.
Os interessados podem ir às oficinas e, junto com o grupo de mulheres do Coletivo Eterna Juventude, do artista plástico Joaquim Assis, customizar e preparar fantasias e adereços de carnaval. Para Pola Ribeiro, essa é uma maneira de pensar no futuro.
“O museu não é um lugar de guardar, não é um lugar de passados. É um lugar que guarda coisas para pensar futuros. Ele também tem uma responsabilidade com o seu território, com quem passa na rua, com quem trabalha por aqui, os moradores, e as outras pessoas da cidade”, afirmou.
O artista Joaquim Assis, que conduz a oficina, destaca que a atividade transforma o lixo em luxo. “Todas essas roupas são roupas recicladas, de materiais que estavam sendo descartados. E daí virou essa beleza, esse encanto de exposição”, disse. “No Coletivo, além de empoderar essas senhoras, mulheres que enfrentaram o câncer, também temos esse compromisso em proteger o meio ambiente, e é isso que estamos fazendo aqui”.
Cortejo para encerrar
Para fechar com chave de ouro a semana de oficinas e preparação de fantasias, o encerramento da atividade contará com o Bailinho do MAB. Para isso, tudo o que foi produzido durante a semana sairá em cortejo, contando inclusive com uma banda de fanfarra, partindo do Museu Carlos Costa Pinto até o MAB, onde vai rolar um bailinho infantil ao som da banda Playgrude para esticar um pouquinho mais da festa popular mais querida do mundo. Não tem jeito melhor de fazer essa fantasia eterna! “Nós já fazíamos o bailinho, agora a oficina e o cortejo se unem para isso que entendemos ser a melhor maneira de dialogar com o Carnaval”, disse Pola.
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