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Empreendedorismo - 26/11/2022, 07:36 - Amanda Souza

Loja colaborativa, Afrocentrados dá visibilidade para mulheres pretas

Espaço criado na Vasco da Gama ajuda empreendedoras negras com mentoria e todo o suporte digital

Muitos empreendedores têm uma história de luta e obstáculos por trás de seus negócios de sucesso. Algumas dessas batalhas poderiam ter sido menos sofridas se tivessem contado com o apoio da Afrocentrados.

Essa é uma loja colaborativa que chegou em Salvador há dois meses e reúne marcas de 20 empreendedores - inclusive a da idealizadora da loja, Cynthia Paixão.

Ela tem a veia empreendedora e não se contentou com o que já tinha conquistado. “Chamei uma amiga para criar uma loja colaborativa, criar um espaço de mulheres pretas vendendo para todo mundo, e hoje estamos aqui”. conta.

Cynthia sabia o que queria e como queria fazer acontecer. “Quero trazer pessoas que não têm visibilidade para expor os seus produtos”, explica.

A proposta da loja colaborativa é, de fato, fornecer um espaço para que pequenos empreendedores possam expor os seus produtos. “Sou em quem fico aqui à frente, mas eles têm acesso às vendas, ao estoque, participam de todo o processo sem precisar estar aqui para vender”, detalha Cynthia.

Imagem ilustrativa da imagem Loja colaborativa, Afrocentrados dá visibilidade para mulheres pretas
Foto: Shirley Stolze / Ag. A Tarde

Sonhos realizados

A vitrine da Afrocentrados é diversa: tem moda masculina, feminina, infantil, íntima e praia, cosméticos, acessórios, calçados, tudo ao seu alcance.

Todos esses produtos refletem o sonho de alguém, como o da Vani Cezar e da Nadja Cezar, mãe e filha artesãs empreendedoras que expõem suas marcas na Afrocentrados.

Nadja é o nome por trás da Entrelaço Bolsas em Crochê e Vani é a mão por trás de belas peças de macramê. Para elas, o espaço foi um impulsionador.

“Estar num espaço físico, além do impulsionamento, nos conecta com a nossa ancestralidade, ao trabalho em comunidade”, diz Nadja. “Aqui nós estamos sendo vistas, coisa que no virtual não conseguimos dessa maneira”, completa Vani.

Aspas

Estar num espaço físico, além do impulsionamento, nos conecta com a nossa ancestralidade, ao trabalho em comunidade.

Vani Cezar, empreendedora

Assim como elas, a Gabriela Farias, da Cravo e Canela, que produz acessórios em pastilha de vidro, entende que a loja é importante pela parceria. “As meninas me incentivam, me ajudam a perder o medo, direcionam a minha marca para o que realmente é importante”, fala.

Mais do que tudo, a Afrocentrados é oportunidade de se mostrar. Assim foi para Eneida Santana, que trabalha com costura criativa. “Eu costurava as minhas peças e colocava no guarda-roupa”, diz. “Não teria como ter uma loja sozinha, por isso esse espaço é importante”, conclui.

Para Cynthia, ver a realização dessas pessoas vale todo o esforço empregado. “Me deparei com quem busca produzir algo para não entrar em depressão, não se sentir inútil ou incapaz de empreender, pagar suas contas, se vestir bem e comprar o que quer. Dar essa oportunidade não tem preço”, ressalta.

Afrocentrados também é uma aceleradora

A proposta da loja colaborativa, que fica no Shopping Vasco da Gama, na Av. Vasco da Gama, em Salvador, é mais do que oferecer uma vitrine, é o caminho das pedras para o sucesso. Isso passa pela mentoria, orientações e conselhos de Cynthia, que se preocupa muito com o posicionamento das marcas de cada um dos empreendedores da loja.

“Todos os dias eles têm que mandar o story daquele dia. Duas vezes por semana, eles têm que me mandar um conteúdo pro feed. Esse é o nosso combinado, e assim eles vão aprendendo a importância das redes sociais”, explica. “A preocupação é com tudo: cartão de visita, exposição do produto, preço, saídas etc.”, conclui.

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