A falta de incentivo e recursos financeiros têm gerado constantes movimentações promovidas por membros Liga do Samba Junino que buscam por parcerias públicas e privadas para ajudar a manter o grupo vivo.
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Nesta segunda-feira (28), integrantes da Liga conversaram com o jornal MASSA! e expuseram o atual cenário do grupo que, segundo eles, está esquecido pelas autoridades da cidade e do estado.
"Nós buscamos esse apoio porque o Samba Juninho anda esquecido pelo poder público. Apesar do reconhecimento como patrimônio material da cidade de Salvador, ainda há muito que fazer. Nós temos o Dia Municipal do Samba Junino, mas não temos um recurso destinado, não temos a atenção dos órgãos públicos. Sempre tentamos protocolar ofícios em vários órgãos, mas enfrentamos muita dificuldade para sermos recebidos pelas entidades. Então, é complicado para um movimento tão importante para a nossa cultura", disse Vagner Silva dos Santos, gerente de projetos.
Membros do grupo recorreram até a Antônio Carlos “Vovô”, presidente do Ilê Aiyê, na tentativa de reforçar o pedido por atenção.
"Muito se falou dos 40 anos da Axé Music, da importância dos blocos afros, que são importantíssimos, mas não se falou do Samba junino. O próprio Vovô já testemunhou publicamente que o Ilê Aiyê, antes de ser um bloco afro, era um grupo de samba junino. As primeiras músicas gravadas de sucesso do Axé Music tiveram origem nos grupos Samba Junino. Está no nosso papel timbrado para que não se esqueça: o samba junino é o conservatório de música da periferia. É lá que o jovem periférico aprende, tem a sua iniciação musical, coisa que não teria. A classe média alta vai para uma escola de música, mas o menino da periferia aprende a tocar, a cantar e a compor no Samba Junino, que é feito nas ruas", completou Vagner.
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