Diretor do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota afirmou ao Portal MASSA!, na tarde desta quarta-feira (17), que ainda é real a possibilidade de paralisação geral da categoria em Salvador nos próximos dias. O grupo decretou estado de greve desde a última semana.
Na próxima sexta (19), rodoviários tentarão novamente um acordo com os empresários, com risco da suspensão das atividades logo em seguida. Daniel Mota acredita que a Prefeitura de Salvador e a Secretaria de Mobilidade Urbana, ocupada por Fabrizzio Muller, podem participar do debate para que uma proposta seja apresentada aos profissionais, que exigem o reajuste salarial e uma série de demandas.
“Claro que é real (possibilidade), se não tem nenhuma proposta na mesa. Os empresários ainda vão colocar na sexta-feira (19) uma proposta real, não apareceu nenhuma ainda. Também tem a possibilidade do secretário de Mobilidade, junto ao prefeito, convencer os empresários, acho que pode acontecer. Tudo é possível, inclusive nada”, explicou Daniel Mota.
Mais cedo, durante agenda no bairro de Ilha Amarela, no Subúrbio Ferroviário da capital, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) prometeu atuar para garantir que os rodoviários não paralisem as atividades.
Leia mais
Bruno Reis promete fazer apelo para evitar greve dos rodoviários
Catraca livre
Alvo de especulações nos últimos dias, a ‘catraca livre’ foi descartada por Daniel, ainda em contato com o Portal MASSA!. De acordo com o diretor do Sindicato dos Rodoviários, apenas o prefeito pode autorizar a operação do transporte de forma gratuita.
“Essa proposta de catraca livre foi encaminhada por companheiros da diretoria, mas depende da autorização do prefeito. Catraca livre, quem vai autorizar é a Secretaria de Mobilidade, porque passa pela autorização do município. A concessão é privada, mas o serviço é público. Se rodar a catraca livre, quem tem que autorizar é o prefeito [...] Não acredito nessa possibilidade”, destacou Daniel, que completou.
“Foi uma proposta feita pelo companheiro da diretoria, pelo nosso presidente Hélio Ferreira. Acredito que o próprio companheiro Hélio compreende que isso depende do prefeito (autorização)”, finalizou.