Muitas vezes, pode ser difícil enfrentar um dia intenso de trabalho de mau humor. No entanto, para os funcionários da rede chinesa de supermercados Pang Dong Lai, a situação é diferente. Anunciada em março, durante o evento China Supermarket Week, a "licença da infelicidade", criada pelo fundador e presidente da empresa, Yu Donglai, tem dado resultados positivos.
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“Quero que cada membro da equipe tenha liberdade. Todos têm momentos de infelicidade. Então, se você não está feliz, não venha trabalhar”, declarou o líder da rede, que emprega mais de 7 mil pessoas, conforme noticiado pelo South China Morning Post.
De acordo com a proposta, trabalhadores podem tirar um dia de folga, sem aprovação da liderança, quando estiverem estressados, tristes, ou se sentindo desanimados. O esquema conta com um limite de 10 dias de folga por ano.
Para Yu Donglai, a generosidade tem valido a pena: menos de 5% dos funcionários deixam a empresa a cada ano. O executivo, que é um dos defensores de qualidade de vida no país asiático, já chegou a receber o apelido de "chefe mais idiota da China". Vale lembrar que as empresas chinesas, em geral, são conhecidas pelo contrário, por longas jornadas de trabalho.
E o Brasil?
Um estudo realizado pela Pluxee, em parceria com a The Happiness Index, aponta que os trabalhadores brasileiros estão 9% mais insatisfeitos com o trabalho do que a média global.
A pesquisa, que ouviu mais de 23 mil profissionais, entre fevereiro e março de 2024, analisou dois principais aspectos: a felicidade, que engloba as condições de trabalho e oportunidades de crescimento, e o engajamento, que mede a conexão dos funcionários com suas funções e com as empresas.
Ainda assim, até o momento, a 'licença infelicidade' ainda não surgiu no Brasil e não tem previsão de ser adaptada ao país.
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