A Justiça determinou a transferência da doleira Nelma Kodama, presa na Europa em abril e trazida para o Brasi, da Bahia para São Paulo. A defesa alega, entretanto, que a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária de São Paulo é contra a decisão.
Nelma foi presa em abril deste ano, em Portugal, em uma operação contra o tráfico internacional de drogas, e transferida para o Brasil em outubro. A secretaria afirma que a doleira foi condenada a cumprir a pena de 15 anos de reclusão pelo Paraná. No dia 24 de outubro, Kodama veio para Salvador e foi levada para a sede da Polícia Federal onde passou por exames. Desde então, ela se encontra presa no Presídio da Mata Escura.
"São Paulo deveria indicar uma vaga em alguma casa de detenção, porém, o órgão que administra essas vagas nos presídios, a Secretaria de Administração Penitenciária [SAP], deu informações divergentes. Enquanto um órgão da secretaria disse que iria procurar uma vaga, o outro órgão disse que não receberia", afirmou o advogado Santiago Schunck, que defende a doleira.
Schunck ainda disse que aguarda uma decisão da Justiça para o cumprimento da determinação. "A defesa indagou que a ordem judicial de transferência deve ser cumprida e não questionada por um órgão executivo de São Paulo", pontuou.
As investigações tiveram início em 2021, quando meia tonelada de cocaína foi apreendida dentro de táxi aéreo pertencente a uma empresa de Portugal, no Aeroporto Internacional de Salvador. A partir da apreensão, a polícia conseguiu chegar até a estrutura da organização responsável pelo tráfico, que atuava no Brasil e em terras lusitanas.
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