
O deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante) destacou ao Portal MASSA! a inauguração do Hospital para Dependentes Químicos da Fundação Dr. Jesus, em Candeias. O parlamentar lembrou do pioneirismo da unidade, que considera a primeira do tipo no Brasil.
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“A Bahia tá dando ao Brasil o primeiro hospital de tratamento de dependência química no país. Hospital especializado e terapêutico”, afirmou o deputado sobre a unidade hospitalar, que está prevista para ser inaugurada ainda este mês, com a presença do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Isidório também rebateu as críticas de que o hospital não teria Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nem centro cirúrgico. Para ele, o importante é o início do trabalho voltado ao tratamento humanizado dos dependentes químicos.
“Eu conheço tanto hospital antigo e grande que não tem UTI, que não tem centro cirúrgico, tá certo, que não tem essas outras coisas. Aí, se você já ouviu falar em hospital da bicicleta, hospital de boneca, por que é que o dependente químico é doença ou não é? Tem o hospital do homem, o hospital da mulher. Então, por que não pode ter hospital para tratar drogado?”, questionou o parlamentar.

O deputado ainda destacou a importância do acolhimento e da reintegração social dos pacientes. “Você sabe que eles precisam de afeto, eles e elas precisam de carinho, de acolhimento, de voltar a dormir, ter segurança alimentar, tomar café, almoçar, jantar, merendar, fazer lazer, praticar esportes e também participar de cursos profissionalizantes”, completou.
Fundação Dr. Jesus
A instituição sem fins lucrativos foi criada em 1991 pelo Pastor Sargento Isidório e oferece tratamento gratuito para dependentes químicos, com moradia, capacitação profissional em diversas áreas, assistência jurídica, odontológica e acompanhamento espiritual. Atualmente, cerca de 2.170 pessoas estão acolhidas na Fundação.
O parlamentar comentou sobre os altos custos para manter a instituição, mesmo com o apoio do Estado, e fez um pedido de doações de mantimentos para ajudar na continuidade do projeto.
“A Fundação não manda ninguém bater em porta, pedindo nada, nem vendendo nada. Mas se quiser mandar pra dentro da Fundação, souber alguém que tem alimento, pode mandar que a gente já tá precisando”, disse.