A Escola Olodum, originada do bloco, está com inscrições abertas para o curso de dança afro e expressão corporal. São 30 vagas para pessoas de 15 a 25 anos que estejam matriculados em alguma instituição de ensino, mediante comprovação da matrícula. Os candidatos deverão se inscrever por meio do formulário online até quarta-feira (10).
Este ano, a escola completa 41 anos esse ano e é uma das instituições pioneiras na educação antirracista no Brasil e através da dança, música e canto continua impactando inúmeros jovens nessas quatro décadas. Um dos exemplos é Dora Loppes, aluna desde os nove anos de idade e hoje professora de dança afro.
“Com a completude dos cursos, a gente consegue passar para os nossos alunos que podemos ser o que quisermos, que o negro pode ser doutor, presidente, juiz e muito mais. Então, uma das ajudas que a Escola Olodum traz para esses jovens é justamente a conscientização em relação a isso”, explica Dora.
Larissa Santana, de 22 anos, é aluna da escola há 10 e relata: “Lá eu cresci muito, foi onde aprendi os meus direitos e deveres, e com a dança afro me identifiquei, porque é uma forma de expressão e uma maneira de você se comunicar através dos seus passos. Lá me reconheci como mulher negra e a escola me proporcionou muitas coisas boas, tanto no lado pessoal, quanto profissional”.
O curso oferece auxílio-transporte para deslocamento, kit lanche e camisa. Ao final da oficina, os alunos que cumprirem 75% da presença receberão certificado de conclusão. Aos candidatos, o processo seletivo será feito por ordem de cadastro e a aprovação dependerá da audição de pré-matrícula que será realizada pelo professor responsável, Wagner Santana.
“Estaremos com um professor novo, Wagner, ele é um excelente profissional e entrou na escola desde criança e agora estará assumindo como educador. Para mim, como aluna, é uma honra assistir a aula de um colega meu”, comenta Larissa.
Serão 30 horas de carga horária e estão sendo disponibilizadas 30 vagas, 15 para aulas pela manhã e 15 para a tarde. E um grande ponto positivo para o projeto é o cuidado para o desenvolvimento, não só do potencial artístico e cultural, como também do educacional.
“A gente cobra muito o boletim, não só focamos na cultura em si, mas nos preocupamos que os alunos tenham um bom rendimento escolar. Se o estudante não estiver indo bem na instituição de ensino em que está matriculado, ele fica impossibilitado de fazer viagens e participar de eventos. Isso para incentivar os estudos, e para que saibam que independente da arte, precisam estudar”, enfatiza a professora Dora.
As vagas são limitadas e as inscrições só poderão serem realizadas até amanhã (10/04) por meio do seguinte formulário:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScL3YmHUpJbOkeBc9PpBEiQ4S1Vg7y31yvFUAqyNffUtOCBcw/viewform
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