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Pets - 13/05/2025, 13:33 - Da Redação

'Imortais'? Vira-latas não são heróis e dependem de cuidados, entenda

Apesar da fama de resistentes, os cães sem raça definida também precisam de cuidados médicos

Eles são um amor, por isso merecem cuidados como qualquer outro cão!
Eles são um amor, por isso merecem cuidados como qualquer outro cão! |  Foto: Reprodução / Freepik

Você já ouviu por aí que os vira-latas são “fortes”, “imunes a tudo” ou até "imortais"? Pois é, esse mito é bem comum. Os famosos “caramelos” do Brasil, “fiapos de manga” e os demais vira-latinhas fazem parte da vida de muitos brasileiros.

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Estima-se que 32% dos cães com lar no país sejam sem raça definida (SRD). Mas, embora eles possam parecer mais resistentes, isso não significa que dispensam cuidados veterinários.

Segundo especialistas, o que muitas vezes garante certa resistência não é um “superpoder genético”, mas sim o histórico de exposição a intempéries nas ruas.

“O pet requer os mesmos cuidados que os cães de raça pura. Inclusive, muitos SRD têm baixa imunidade ou mesmo problemas crônicos de pele”, alerta a médica-veterinária Mariana Cappellanes Flocke, da Elanco Saúde Animal.

Atenção às doenças de pele

Dermatites são uma das principais queixas nos consultórios. Entre as mais comuns está a dermatite alérgica à picada de pulga (DAPP) e a dermatite atópica, provocada por pólen, poeira, mofo e outros alérgenos do ambiente. De acordo com Mariana, a dermatite atópica canina (DAC) afeta de 10% a 15% da população canina e causa coceira, inflamação e bastante incômodo.

Outra vilã frequente é a otite externa, uma inflamação dolorosa e persistente no ouvido do cão, que pode surgir por acúmulo de fungos e bactérias. “Balanço excessivo da cabeça, mau cheiro, coceira intensa... tudo isso pode ser sinal de otite”, alerta a veterinária.

E com o tempo…

Assim como qualquer outro cão, o vira-lata pode desenvolver doenças cardíacas, renais, ósseas ou articulares com o envelhecimento. E, apesar da genética mista oferecer certa proteção contra doenças hereditárias, isso não significa imunidade total.

O primeiro passo após adotar um SRD é agendar uma consulta com um veterinário. “Nossa recomendação é que o pet seja acompanhado ao longo de toda a vida, com protocolos antiparasitários regulares e cuidados adequados para cada fase”, diz Mariana.

Apesar de resistentes, os vira-latinhas também demandam cuidados e atenção com a saúde. Por isso os tutores devem estar sempre atentos para garantir o bem estar do animal.

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