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50 anos de bloco afro - 30/08/2023, 06:20 - Maria Laura S. de Souza

Ilê Ayê mostrará o motivo de ser o 'Mais belo dos belos' nos EUA

A turnê faz parte das comemorações dos 50 anos de fundação do bloco e tem o título “50 anos de bloco afro”

A turnê faz parte das comemorações dos 50 anos de fundação do bloco e tem o título “50 anos de bloco afro”
A turnê faz parte das comemorações dos 50 anos de fundação do bloco e tem o título “50 anos de bloco afro” |  Foto: Shirley Stolze / Ag A Tarde

O Ilê Aiyê, tradicional bloco Afro do Carnaval de Salvador, vai iniciar no dia 5 de setembro uma turnê na Califórnia, Estados Unidos. A equipe já se encontra em Chicago, e vai fazer shows na cidade até embarcar para a Califórnia. Além das apresentações, o grupo está oferecendo workshops de dança e performance. A turnê faz parte das comemorações dos 50 anos de fundação do bloco e tem o título “50 anos de bloco afro”.

Os integrantes do Ilê chegaram ontem em Chicago. Hoje eles vão ser recebidos pelo Centro Brasileiro da cidade com um jantar e só amanhã começam os shows que comemoram os 20 anos do Centro Brasileiro de Chicago. No sábado, também farão uma participação no African Fest, maior festa local da cidade que celebra a cultura diaspórica da África. No dia 05 de setembro eles partem para a Califórnia, onde começa a tour.

De acordo com Sandro Teles, produtor do grupo, a novidade dessa viagem são os “Drum Workshops”, que vão ensinar um pouco sobre a percussão da música afro baiana. “A gente faz o workshop de dança, onde ensinamos ao público a dança afro, e com a percussão alinhamos teoria e prática, contando um pouco o histórico e fazendo com que as pessoas aprendam um pouco dessa percussão”, afirma.

Ele explica ainda que os workshops sempre acontecem em viagens internacionais com o objetivo de divulgar a música baiana pelo mundo, assim como os grupos Malê Debalê e Muzenza. “Por isso a música baiana se popularizou muito no mundo”, completa.

Para ele, a ação é também um “intercâmbio cultural”. “Nossos músicos ministram as aulas com várias pessoas, e a ideia é sempre no final fazer uma grande caminhada percussiva nas ruas da cidade”, ressalta. A expectativa é que uma média de 60 a 100 pessoas participem dos workshops, que serão oferecidos em vários locais.

Essa não é a primeira vez que o Ilê Aiyê se apresenta fora do país. De acordo com Sandro, desde 1992 o grupo faz shows nos Estados Unidos e inclusive no famoso New Orleans Jazz & Heritage Festival, festival de Jazz em Nova Orleans. “Geralmente temos um público brasileiro grande, mas principalmente de afro americanos, sempre que fazemos shows aqui temos uma receptividade muito calorosa, a gente gosta de tocar aqui”, afirma Sandro.

O Ilê começou os ensaios e preparações para a viagem há pouco menos de um ano, quando uma das diretoras do Centro Cultural em Chicago fez uma visita à sede e resolveu fazer uma petição para receber o grupo nos Estados Unidos. “Fizemos reuniões para trabalhar essa ansiedade de vir logo e fazer o trabalho, a maioria já veio outras vezes, mas as nossas deusas do Ébano estão aqui pela primeira vez, a gente está muito pronto e preparado pra fazer esses shows”, completa. Greicielle Teixeira, deusa do Ébano 2020, acompanha Dalila Oliveira, atual deusa, por não ter tido a oportunidade de se apresentar muitas vezes durante seu reinado na pandemia.

Sandro acredita que o Ilê está preparado para levar mais uma vez um pouco da cultura baiana para o verão californiano. Ele ressalta a importância de entregar ao público a cultura dos blocos pricipalmente. “Queremos levar tanto o trabalho cultural, os shows e entretenimento, como o trabalho educacional por meio dos workshops para ferver o verão da américa do norte”, conclui.

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