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Tudo parado - 04/06/2024, 06:00 - Silvânia Nascimento

Greve: galera das universidades federais vai às ruas de Salcity

Em greve desde o dia 3 de abril, as categorias cobram providências e postura do Governo Federal

Manifestantes percorreram Centro de Salvador
Manifestantes percorreram Centro de Salvador |  Foto: Denisse Salazar /AG. A TARDE

Centenas de professores, funcionários e estudantes das instituições federais de ensino da Bahia encheram as ruas do Campo Grande, na tarde de de segunda-feira (3), durante ato de reivindicações por reajuste salarial, recomposição orçamentária para a educação e a revogação de algumas portarias.

Em greve desde o dia 3 de abril, as categorias cobram providências e postura do Governo Federal, que está resistente em liberar verbas para a educação. O MASSA! acompanhou o movimento e, durante o trajeto, que seguiu até praça da Piedade, conversou com Camila Felix, professora do curso de Petróleo e Gás do Instituto Federal da Bahia (Ifba) de Simões Filho.

“Todo o país está mobilizado. Foram várias pautas encaminhadas ao governo, e a negativa tem sido constante. A proposta do governo é de 0% de reajuste, onde a gente vê que nem a inflação foi seguida pelo governo, por isso que continuamos em greve. E, além da recomposição salarial, ainda a gente precisa do reajuste enquanto investimento para a educação", relatou Camila, integrante do comando de greve.

Ao todo, mais de 500 instituições de ensino de responsabilidade do Governo Federal estão com as atividades paralisadas no Brasil. Na Bahia, estima-se que, aproximadamente, 40 unidades foram afetadas.

Ainda ontem, representantes do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) se reuniram, em Brasília, para reavaliarem as propostas, mas o encontro terminou sem sucesso. "Enquanto não olhararem pra gente, vamos manter a greve. Inclusive, não é uma pauta só salarial. Tem as revogações, porque são várias portarias, como por exemplo, a portaria 983, que aumenta a carga horária docente, e isso faz com que a gente tenha uma menor qualidade do ensino. Então essa é uma das portarias também que a gente pede a revogação, como também o ensino médio e outras", completou a professora.

Imagem ilustrativa da imagem Greve: galera das universidades federais vai às ruas de Salcity
Foto: Denisse Salazar /AG. A TARDE

A classe trabalhista colocou na mesa uma progressão de reajuste salarial para 2024, mas também para os próximos dois anos. Dessa forma, os percentuais impostos pelos servidores ficaram da seguinte forma: 3,69% pra agosto de 2024, 9% pra janeiro de 2025 e 5,16% pra maio de 2026.

Matheus Portela, aluno do curso de Psicologia da Ufba, foi um dos universitários que marcou presença no movimento. Ao MASSA!, ele relatou como as deficiências orçamentária afetam a rotina acadêmica.

“Lá em nossa unidade de São Lázaro, aqui em Salvador, a gente já ficou uma semana sem energia e sem água. No início do semestre, a gente já perdeu uma semana de aula, por essas questões de estrutura. São vários estudantes que abandonam (os cursos), por conta da falta de assistência estudantil e falta de políticas de permanência. São Lázaro, por exemplo, quando voltaram as aulas, depois da pandemia, a gente estava sem o restaurante universitário, e a gente ficou sem o restaurante por bastante tempo, do qual a maior parte dos estudantes depende para se alimentar”, concluiu.

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