O governo do Rio Grande do Sul está estudando a possibilidade de construir quatro cidades provisórias, que ficariam localizadas em Canoas, Guaíba, Porto Alegre e São Leopoldo para poder acolher as mais de 77 mil vítimas das enchentes que estão desabrigadas segundo o último boletim da Defesa Civil do RS. A informação foi dada pelo vice-governador Gabriel Souza em entrevista à Rádio Gaúcha.
"Temos pouco tempo para montar. Logo teremos o exaurimento de alguns locais. Na semana que vem vamos iniciar a contratação. Até amanhã (sexta) vamos ter o descritivo das estruturas temporárias necessárias. É mais rápido contratar um serviço de montagem dessas estruturas. É como se fosse uma estrutura de eventos com qualificação para albergar pessoas", disse ele.
Gabriel ainda acrescentou que o governo do estado está buscando por "locais para a colocação rápida de estruturas provisórias com dignidade mínima".
"Teremos espaço para crianças e pets. Lavanderia coletiva. Cozinha comunitária. Dormitórios e banheiros. Isso nesse período em que as pessoas ainda necessitarão desse apoio", afirmou ele
Entre os lugares que podem sediar as 'novas cidades' para sediarem as cidades, estão a região conhecida como Porto Seco, em Porto Alegre, o Centro Olímpico Municipal, em Canoas, e o Parque de Eventos, em São Leopoldo. A prefeitura de Porto Alegre chegou a criar um um abrigo exclusivo, com vigilância privada, destinado a mulheres e crianças. A medida foi tomada após uma série de prisões por suspeita de estupro nos abrigos da cidade.
Com os vários relatos de violência nesses locais, o secretário de Segurança Pública gaúcho, Sandro Caron, anunciou o reforço de 300 polícias na área de segurança. Eles são ex-agentes que estão aposentados, mas toparam servir mais essa vez como apoio aos desabrigados e ao governo do estado..
"Serão 260 policiais civis que nós estamos chamando agora entre os dias 16 e 20. Está publicado o edital, para se apresentarem para nós reforçarmos as nossas estruturas de segurança nesse momento crítico, como a gente fez com a Brigada Militar também, incorporando, trazendo novamente à atividade policiais que tinham ido para a reserva. No caso dos bombeiros, serão 100 bombeiros que estaremos chamando para esta contratação em caráter emergencial e temporário para colocar força total, como a gente tem dito, na segurança especialmente nas regiões mais conflagradas em função dos eventos climáticos recentes", disse Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul.