Buscando aumento nos recursos para pesquisa agropecuária em 2024, o secretário-adjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária, Pedro Neto, afirmou que o governo quer garantir R$520 milhões para que a Embrapa consiga desenvolver pesquisa e inovação na área em 2024.
A pauta foi discutida durante Comissão Mista de Orçamento, já que durante os últimos anos, a Embrapa dependeu de emendas parlamentares para conseguir ‘’fechar o ano’’. Para 2023, 64 deputados e senadores garantiram pouco mais de R$30 milhões.
A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, esclarece que a empresa é referência em ciência tropical no mundo e recebe diversos convites da cooperação técnica que não pode desenvolver devido à falta de recursos. A empresa conta com 34 centros de pesquisa no país, como, por exemplo, a Embrapa Soja, em Londrina, no Paraná; Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul e a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, localizada no Distrito Federal.
Além disso, Silvia diz que a área plantada no País cresceu 140% em 50 anos, porém a produção aumentou em 580%. De acordo com a presidente, isso acontece principalmente devido aos esforços da Embrapa, que mostrou, por exemplo, ser possível produzir no Cerrado. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciou R$1bilhão até 2026, no entanto, de acordo com a presidente da empresa, esse valor será utilizado em infraestrutura.
“Se a Embrapa não tiver investimento, não tiver custeio para pesquisa neste momento, o reflexo para a agropecuária brasileira - que a gente tem tanto orgulho e contribui tanto para a nossa balança comercial - a gente vai sentir daqui a cinco ou dez anos. Não é do dia para a noite. A pesquisa leva um tempo. E a falta da pesquisa impacta a médio e longo prazo”, declarou Massruhá.
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que requereu a audiência, disse que vai defender a proibição do contingenciamento dos recursos da Embrapa e sugeriu um programa para que os parlamentares visitem os centros de pesquisa.
O requerente da audiência, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), declarou que vai defender a proibição do contingenciamento dos recursos da Embrapa, além disso, ele propôs um programa para que os parlamentares visitem os centros de pesquisa. “Eu acho que a gente precisa agora levar os parlamentares na ponta para eles conhecerem o que a Embrapa foi, é e será. Mas esse “será” depende muito do que for plantado hoje”.
O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário, Marcus Vinicius Vidal, afirmou que está sendo feita uma Frente Parlamentar para o fortalecimento da Embrapa
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