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Vendida em 2021 - 05/09/2023, 08:59 - Da Redação

FUP quer reestatização da Refinaria Landulpho Alves

Petrobrás assina acordo com Mubadala para possíveis investimentos em biorrefino

Coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, defende retomada da Rlam pela Petrobras
Coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, defende retomada da Rlam pela Petrobras |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Petrobrás anunciou, nesta segunda-feira (4), que assinou um memorando de entendimentos com o fundo Mubadala, com o objetivo de desenvolver estudos sobre futuros negócios na área de biocombustíveis. O acordo foi firmado pelo presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates e o vice-CEO do grupo Mubadala, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

Segundo informou a Petrobrás em nota, os acordos “são direcionados a estudos de possíveis negócios e projetos nas áreas de exploração e produção, transição energética, refino, petroquímica, energia renovável, hidrogênio, amônia, captura de carbono e biocombustíveis”.

O Fundo Mubadala é um gigante do investimento internacional, dono da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, administrada pela Acelen, empresa criada pelo Mubadala e foi rebatizada de Refinaria de Mataripe. A unidade, que responde por significativa parcela da capacidade de refino do Brasil, foi comprada pelo fundo em 2021, durante o processo de privatização iniciado no governo Bolsonaro.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) defende que o estado brasileiro reestatize a refinaria, posição que também foi defendida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Silveira afirmou que a Rlam “é um ativo histórico da Petrobrás que nunca deveria ter sido vendido”.

Luta pela reestatização

A luta da categoria petroleira é para que a Refinaria Landulpho Alves (Rlam) volte a ser um ativo da Petrobrás. “A FUP entende que o processo de crescimento da capacidade de refino da Petrobrás passa necessariamente pela reintrodução da Rlam aos ativos da empresa, que voltaria a ter o controle da refinaria baiana”, afirma o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.

Uma publicação da agência internacional Reuters desta segunda-feira, afirma que segundo fonte consultada pela reportagem, o governo Lula “estuda recomprar a refinaria desde o primeiro dia” e que os acordos assinados neste final de semana poderiam ser uma ponte nesse sentido. Esse objetivo está em cima da mesa desde o início da campanha eleitoral e sempre foi defendido pela FUP.

Patrimônio baiano e do Brasil

Com 6,5 km² de área, a Rlam tem capacidade de produção de 377 mil barris/dia de produtos de alto valor agregado. Além de GLP, gasolina, diesel e lubrificantes, a refinaria é a única produtora nacional de food grade, uma parafina de teor alimentício utilizada para fabricação de chocolates, chicletes, entre outros, e de n-parafinas, derivado utilizado como matéria-prima na produção de detergentes biodegradáveis.

No que diz respeito aos impactos da privatização no preço dos combustíveis para os consumidores do Estado da Bahia, segundo a FUP, a venda trouxe aumento nos preços dos derivados acima da média nacional.

O preço médio da gasolina vendida nos postos de combustíveis do estado da Bahia superaram a média de preço nacional. As refinarias que pertenciam à Petrobrás e foram privatizadas nos processos de desinvestimento, vem praticando preços, em média, 5,5% mais caros, em relação à estatal.

Nesse sentido, Bacelar afirma: “Vemos com bons olhos possíveis acordos para desenvolvimento de energias renováveis, que permitam avançar numa transição energética justa. Porém, para conseguir esses objetivos é fundamental avançar na reestatização da Rlam e dos ativos que foram privatizados de forma arbitrária e lesiva no desgoverno Bolsonaro, recolocando essas unidades na esfera da Petrobrás e a serviço de um projeto de desenvolvimento nacional”.

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