Nesta sexta-feira (21), a Prefeitura de Feira de Santana decretou estado de emergência em saúde pública devido ao aumento no número de casos de dengue na cidade. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Município e anunciado com detalhes em live transmitida no canal da prefeitura pelo prefeito Colbert Martins.
O gestor municipal solicitou ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) uma autorização para que as autoridades tenham acesso às casas fechadas, que possam ter foco do mosquito Aedes Aegypti. Além disso, também pediu apoio da Polícia Militar, Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros para realizar a segurança dos agentes de endemias.
Para Colbert, a colaboração da população também é crucial para o combate. "É preciso que a comunidade esteja atenta, verificando os locais que podem acumular água, a exemplo dos vasos de planta, fundo da geladeira e o quintal”, alertou
Medidas tomadas
Como medida inicial para o combate da dengue na cidade, o Governo do Estado disponibilizará quatro motobombas para realizar o fumacê nos bairros de Feira de Santana. O inseticida liberado através da fumaça, atinge apenas os insetos voadores, em fase mais avançada da dengue. Já para combater a fase inicial, que é da proliferação de larvas do inseto, a cidade contará com o apoio dos agentes de endemias, que irão realizar os procedimentos necessários de casa em casa.
De acordo com a secretária de Saúde de Feira, Cristiane Campos, cerca de 20 mil capas para tampar caixas e tanques de água, já foram distribuídas por toda a cidade. A secretária aproveitou para alertar a população para caso surjam sintomas, procurar imediatamente uma unidade de saúde.
Principais sintomas
- Febre alta > 38°C;
- Dor no corpo e articulações;
- Dor atrás dos olhos;
- Mal estar;
- Perda de apetite;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas no corpo.
A infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), apresentar quadro leve, sinais de alarme e de gravidade. Geralmente, o primeiro sintoma da dengue é a febre alta (> 38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.
Também podem acontecer erupções e coceira na pele. Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizarem o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.