A Feira Afro Criativa, promovida pela Cabeça de Nós Todos Entretenimento, vai realizar sua terceira edição entre os dias 12 a 15 de outubro. O evento vai rolar no piso L1 do estacionamento Assaí Atacadista do Cabula. Faltam apenas 3% das vagas a serem preenchidas por comerciantes que queiram empreender no evento. Interessados podem entrar em contato pelo número (71) 9 9331-8555.
A Feira Afro Criativa tem o objetivo de fomentar a economia da região por meio de ações afirmativas, contando a história do Cabula, o quarto maior bairro de Salvador. De acordo com André Cunha, organizador do evento, 97% das vagas para empreender na Feira já estão preenchidas. “Quem já participou sempre quer participar de novo porque a nossa feira não é de ganho comercial, é para movimentar a economia local e gerar o Black Money: pessoas pretas comprando de pessoas pretas”, explica.
André detalha que, nesta edição, a Feira será dedicada a falar sobre o Outubro Rosa. “Nosso projeto é focado na Saúde da Mulher, então nos próximos dias teremos o lançamento de uma exposição fotográfica sobre o Outubro Rosa, com 10 mulheres da comunidade, com o nome 'Ame-se, Previna-se, Cuide-se'", relata.
A Feira Afro Criativa também tem ações de combate ao racismo e estímulo ao empreendimento negro, como bate-papos e palestras que pretendem impulsionar, principalmente, o empreendimento de mães solo pretas. “Esse lugar é uma incubadora, o objetivo é que elas aprendam a oferecer um serviço profissional, sabemos que essas pessoas tem um abandono muito grande, mas queremos dar a elas uma experiência profissional e confortável”, explica André.
Ajuda ao comércio local
O organizador revela ainda que a estrutura do local conta atualmente com banheiro químico, ambulância, boxes maiores, segurança patrimonial, e apoiadores no entorno. “Na última Feira contamos com 4.789 pessoas, em outubro esperamos alcançar uma média de 8.000 pessoas porque a Feira cresceu, temos um espaço cedido para o evento por apoiadores”, ressalta.
André relata que a Feira Afro Criativa nasceu em um momento de baixo comércio no Cabula. “A ideia foi de ajudar a economia do Saboeiro porque os comerciantes estavam reclamando do movimento fraco, então fizemos a primeira feira em uma quadra poliesportiva do bairro, e foi um sucesso”, relata. A partir desse momento, outras ações como letramento racial e bate-papos foram incrementados ao evento.
O organizador lembra ainda que antes da Feira, a região do Saboeiro era um local de passagem. “As pessoas saiam para trabalhar e voltavam só para dormir, após a feira o bairro passou a receber gente de várias partes, agora é visto também como um lugar de entretenimento”, ressalta. Ele acrescenta ainda que a Feira trouxe aos comerciantes visibilidade, seguidores nas redes sociais, aumento nas vendas de loja física e online, além de network.
André ressalta que a Feira é um ambiente tranquilo, de bom convívio social. “Aqui não temos derrame de álcool, é um ambiente familiar, com segurança patrimonial, que traz o lugar de coletivo que a pandemia nos tirou”, completa.