
Ex-CEO das Lojas Americanas, Sérgio Rial se tornou réu em um dos processos referentes ao rombo de R$ 20 bilhões na empresa. Ele é acusado de ter infringido o artigo 55 da Lei das SA, que prevê a lealdado do administrador de empresas com o capital aberto.
A acusação é da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O ex-presidente das Americanas deixou o comando da empresa em janeiro deste ano, após a descoberta da ‘inconsistência’ de R$ 20 bilhões nos chamados “lançamentos contábeis” das lojas. Na mesma época, André Covre, empossado como diretor de relações com investidores, também pulou fora do barco.
No último mês, foi a vez de José Timotheo de Barros, diretor que já estava afastado do cargo desde fevereiro deste ano, cair fora da empresa. Barros exercia as funções de comando das lojas físicas, tecnologia e logística. Anna Saicali, responsável pela Ame Digital, e Márcio Cruz, diretor da parte digital, de consumo e marketing, também foram desligados no mesmo período.
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A crise na loja começou em janeiro, quando a Americanas comunicou publicamente que havia identificado “inconsistências” nos balanços corporativos. O ‘preju’ foi causado por dívidas de risco sacado em bancos. Com o cenário de instabilidade, as ações da empresa começaram a despencar. Ainda foi descoberto, com a divulgação de um pedido de Tutela de Urgência Cautelar, que o rombo era ainda maior e passava de R$ 40 bilhões.
A empresa entrou, no dia 19 de janeiro, com um pedido de recuperação judicial. Esse foi quarto maior pedido da história do Brasil, ficando atrás apenas da Odebrecht, Oi e Samarco.