Em comemoração à 8ª Semana da Diversidade Cultural de Salvador, que ocorre entre os dias 2 e 8 de setembro, uma série de atividades tem sido realizada para valorizar e apoiar o público LGBTQIA+. Os admiradores por acessórios carnavalescos, por exemplo, têm como opção o workshop "Lantejoulas - Contos, Adereços e Carnaval", coordenado pelo estilista Fábio Sande, que teve início na quarta-feira (4), na Casa da Mulher Brasileira, localizada na Avenida Tancredo Neves.
Quem tiver interesse em participar pode comparecer amanhã para acompanhar o último dia do workshop que apresenta técnicas de construção de adereços usados na produção de fantasias ligadas à arte e a cultura do carnaval. "A gente começa com o princípio dos adereços, porque a gente, antes de chegar na fantasia, que é propriamente dita na confecção, a gente precisa entender o porquê fantasiar, né? A necessidade de fantasiar. E daí, a gente vai partindo do princípio mesmo. Aí eu vou contar um pouco da minha história, minhas inspirações, porque isso é uma coisa que eu já faço há mais de 25 anos", esclareceu o estilista ao ser questionado sobre que seria discutido nos encontros.
Desde o mês de junho que Fábio e sua equipe iniciaram as produções de fantasias para o Carnaval 2025, porém, muito além do que a a expectativa para festa, o estilista destaca, sobretudo, a logística e o trabalho - muito deles manual - de diversas pessoas que estão por trás de cada fantasia. É dessa produção anual que essas pessoas tiram suas rendas.
"Às vezes, as pessoas pensam que carnaval é uma coisa fútil. E não percebe que tantas pessoas dependem dele para sobreviver. Eu também dependo dele pra sobreviver. Não é só uma questão de gostar de carnaval, é também a sobrevivência. Para que uma fantasia fique pronta é preciso do trabalho de tantos profissionais como artesão, costureira, motorista, comerciários", destacou o estilista.
José Roberto Costa Rodrigues foi um dos participantes do primeiro dia do workshop. Para ele, o evento vem para agregar. "Tudo que vem de conhecimento, ainda mais se é coisa cultural, é enriquecedor. Eu sou drag queen, então sei bem a importância dos adereços. É uma aula que vai complementar o que eu já sei, que aprendo no YouTube e com outras pessoas. Mas aqui no material, no ao vivo, na prática, é muito melhor do que só virtual"
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