Até o próximo domingo (10), Salvador será palco de um evento de celebração à diversidade cultural, ocupando diversos espaços públicos. A iniciativa da Plataforma Nacional de Artes Negras quer dar espaço aos artistas e levar experiências de qualidade para o público. A programação inclui performances artísticas, de dança, música e teatro.
A proposta é que essas apresentações ocorram em praças, feiras livres, terreiros de Candomblé e na própria rua. A abertura oficial aconteceu na manhã de terça-feira (5), na Feira de São Joaquim, com a apresentação do espetáculo “Colé, Eu não sou Bagunça” dos artistas baianos Lukas di Jesus e Pedro Ivo. O idealizador de todo esse evento, o artista baiano Brunno de Jesus, explica que o objetivo dessa programação na cidade é dar destaque a artistas negros e emergentes das periferias do país.
“Essa iniciativa potencializa artistas negros e emergentes de Salvador, se relacionando e criando redes com outras periferias do Brasil para reposicionar essas pessoas em circuitos artísticos”, diz. “Isso promove na cidade o pertencimento cultural e intelectual negro, contribuindo para a cadeia produtiva da arte negra e periférica”.
A programação, que segue até o fim de semana, também dialoga com artistas de outros estados, como o dançarino Iguinho Imperador, que virá diretamente do Rio de Janeiro para incluir na programação uma apresentação do “passinho”, cultura de dança tipicamente que é patrimônio carioca.
Brunno explica que toda essa movimentação vai além da arte. “A Plataforma não pauta apenas apresentações artísticas. A programação tem diversas linguagens, shows, espetáculos, mas também oficinas, intervenções e ações formativas”, explica.
Uma dessas ações é o “Prosa com Dendê”, um bate-papo sobre artes e candomblés que vai contar com a participação da coreógrafa Marilza Oliveira e do psicanalista Omo Obaluaê Omoloji Agbara. Será no dia 10/12, às 14h, no terreiro Ilê Axé Onirê Unxê Omi Oyá, no bairro do Cassange. Confira toda a programação dessa semana no instagram @oya.artes.