![Missão contará com mais de 26 estudantes brasileiros](https://cdn.jornalmassa.com.br/img/Artigo-Destaque/1280000/380x300/Estudantes-baianos-embarcam-para-nova-missao-human0128052800202502112114-ScaleOutside-1.webp?fallback=%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1280000%2FEstudantes-baianos-embarcam-para-nova-missao-human0128052800202502112114.jpg%3Fxid%3D6144634&xid=6144634)
Entre os dias 13 e 28 de fevereiro, estudantes de Medicina e docentes da Universidade Salvador (Unifacs) embarcam para Benin, na África Ocidental, para participar da 2ª edição da Missão África. A iniciativa, idealizada pela Inspirali, tem como principal objetivo oferecer assistência médica a pessoas em situação de extrema vulnerabilidade, ao mesmo tempo em que proporciona aos futuros médicos uma experiência prática e humanitária transformadora.
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A missão contará com mais de 26 estudantes brasileiros, que atuarão em cinco vilarejos, incluindo as cidades de Adjarra e Ganvie. Durante a imersão, serão realizados atendimentos diários, pequenas cirurgias e visitas domiciliares a cerca de 500 moradores. Além disso, os voluntários oferecerão suporte em um centro de tratamento para pacientes com problemas de saúde mental. O hospital Centre de Santé de Adjarra será a base para os atendimentos.
A estrutura para os atendimentos será montada de forma improvisada, utilizando galpões ou espaços ao ar livre, como áreas sombreadas próximas às paróquias locais. Para facilitar a comunicação com os pacientes, cada equipe contará com um tradutor do dialeto Fonue para o francês, além de o grupo utilizar o francês básico como língua de apoio.
Para o cirurgião geral e professor da Unifacs, Luiz Vianna, a experiência é um diferencial essencial na formação dos estudantes. “Esse contato direto com populações carentes proporciona um aprendizado que vai além da teoria e das práticas convencionais da faculdade. É uma vivência que reforça o aspecto humanitário da profissão, preparando os alunos para realidades de extrema desigualdade”, afirma.
A missão também busca criar um impacto duradouro na saúde pública local. As informações coletadas pelos voluntários serão registradas em um prontuário eletrônico e compiladas em um banco de dados que será apresentado ao governo beninense. A intenção é contribuir para a implementação de um programa de Medicina de Família e Comunidade na região.
Entre os participantes está a estudante de Medicina Manuella Pinto de Almeida, de 23 anos, que sempre sonhou em atuar em missões humanitárias. “Desde os cinco anos, eu já sabia que a Medicina era minha vocação. Lia sobre os Médicos Sem Fronteiras e a Cruz Vermelha e me encantava com a dedicação desses profissionais. Quando descobri os projetos da Inspirali, meu coração soube que era o momento certo para começar”, relata a estudante.
Manuella já participou da Missão Amazônia e da Missão Sertões, mas destaca que os desafios em Benin serão ainda maiores devido à ausência de um sistema público de saúde semelhante ao SUS. No entanto, ela vê a experiência como uma oportunidade de crescimento e reafirmação de seu compromisso com a Medicina. “Minha missão sempre foi servir com excelência e humanidade. Acredito que essa será mais uma chance de transformar vidas através da saúde”, destaca.