As riquezas e a luta do povo brasileiro serão representadas, em Portugal, por 40 alunos e três professores de escolas públicas de três cidades da Bahia, durante um intercâmbio sociocultural, em Lisboa, intermediado pelo Projeto Era uma Vez... Brasil. No período de dez dias em Portugal, os estudantes - representantes de instituições de ensino da rede pública dos municípios de Salvador, Mata de São João e Jacobina - terão a missão e a oportunidade de apresentar para os portugueses a real história do Brasil.
“É um trabalho pedagógico junto às escolas públicas realizando o ano todo e que não se resume apenas a essa viagem. É um trabalho de base que fazemos com professores de história e com a história do Brasil que não é contada nos livros, e isso é o grande diferencial do projeto. A partir do momento que a gente tira a Europa do centro da nossa história e traz outros protagonistas, que são os nossos povos originários como os indígenas e os africanos, a gente muda essa perspectiva", destacou Marici Vila, representante do projeto.
Os 40 alunos selecionados viajarão nesta quarta-feira (14) e, junto com outros 82 estudantes dos estados de Pernambuco e São Paulo, vão decolar rumo a Portugal. Criado em 2016, essa é a oitava edição do projeto. “Quero levar conhecimentos sobre as nossas principais culturas. Eu quero chegar lá e falar sobre a gente, mas eu também quero conhecer mais sobre eles. expectativa lá em cima porque desde quando conheci o projeto que eu sonho em viver isso", disse Yasmin Bispo, 14 anos, aluna da Escola Municipal Iacy Vaz Fagundes, localizada no Vale da Muriçoca, em Salvador.
Três professores, cada um representando as escolas públicas das cidades de Salvador, Mata de São João e Jacobina, também farão parte da viagem. A capital baiana será representada pelo docente Pedro Romildo Santos, da Escola Municipal Visconde de Cairu de Brotas, local onde ocorreu o último encontro antes da viagem, realizado nesta terça-feira (12). "Nesse período de 10 dias, eles vão visitar museus, pontos turísticos, mas também terão momentos de troca de conhecimento com alunos de lá. Então durante os preparativos eles fizeram documentários para serem apresentados para estudantes de escolas públicas de lá", explicou o professor Pedro Romildo .
"Eu não estava muito confiante de que iria ser selecionado, eu fiquei tão feliz que quando saiu o resultado eu comecei a chorar. Eu tô feliz demais", declarou João Tavares, representante da Escola Municipal Clériston Andrade, no bairro de São Marcos.
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