No painel n° 2 do II Fórum CBPM de Mineração e Sustentabilidade, representantes de empresas que atuam na Bahia detalharam as ações de ESG (sigla em inglês para "governança socioambiental") e outras boas práticas aplicadas por suas companhias.
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Para os empresários, não há como realizar qualquer negócio no mundo sem se preocupar com as questões sociais e ambientais envolvidas nos processos, até pela cobrança do público consumidor ocidental acerca da sustentabilidade.
A diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Galvani, Sylvia Tabarín, ressaltou a preocupação que a empresa tem em dar o destino mais correto aos resíduos da mineração. Com um projeto grande em Irecê, no sertão da Bahia, a ideia é que sempre seja deixado um legado para as comunidades locais.
"Quando eu falo de operação, temos a preocupação com a geração de resíduos orgânicos, com a busca da destinação adequada. A mineração tem um começo, um meio e um fim e a gente quer um caminho que seja sustentável para as comunidades em que a mineração acontece", declarou Sylvia.
O CFO (diretor financeiro) da Appian Capital Brazil, Milson Mundim, ressaltou que sua empresa tem apostado totalmente na mineração e lembrou que o setor é fundamental para a transição energética, com a substituição paulatina de carros movidos a combustíveis fósseis por automóveis elétricos.
"A Appian é um dos poucos fundos de investimento do mundo voltados especialmente para a mineração. E o Brasil é o único país do mundo em que a Appian investe em energia renovável, sempre com a parceria da CBPM. Por sermos parte fundamental da transição energética, voltamos a atrair gente nova para a mineração. Não tem como produzir carro elétrico, por exemplo, sem mineração", disse Mundim.
Célio Pereira, COO (diretor de operações) da Largo, abordou um dos principais projetos de sua empresa, centrada em Maracás, no interior da Bahia. A companhia aposta na mineração de vanádio, que pode se tornar matéria-prima para baterias, inclusive de carros elétricos.
"O vanádio já tem a sustentabilidade no seu DNA, porque reduz a emissão global de gases nocivos em 0,4%. Parece pouco, mas não é. As baterias de vanádio não se degradam com o tempo, então esse produto é bastante promissor. Na China, isso já é realidade. Aqui no Ocidente, a Largo também passou a apostar nisso há 10 anos, em Maracás", concluiu Pereira.