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Revoltado! - 10/11/2022, 22:00 - João Guerra

Diretor do Sindseps ataca Bruno Reis: “Prefeito quer nos marginalizar”

Nildo Pereira reagiu às declarações de Bruno Reis sobre reivindicações dos agentes de saúde de Salvador

Nildo Pereira, coordenador jurídico do Sindseps
Nildo Pereira, coordenador jurídico do Sindseps |  Foto: Aldair Medina / Ag. A TARDE

O coordenador jurídico do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps), Nildo Pereira, em conversa com o portal A TARDE disse que recebeu com tristeza a declaração do prefeito Bruno Reis (União Brasil) na manhã desta quinta-feira (10), de que os agentes comunitários de saúde e os agentes de combates às endemias de Salvador querem receber, além do piso da categoria, 122% de gratificações. “A prefeitura já foi além do que era possível”, declarou Reis.

De acordo com o servidor, o mandatário da capital baiana falta com a verdade, já que não é isso que a categoria está pleiteando. O que os servidores querem, aponta Pereira, é o cumprimento do piso nacional da categoria, que deve ser integralmente repassado pela União e está estabelecido em dois salários-mínimos (hoje o equivalente a R$ 2.424). O piso foi estabelecido em maio deste ano, através da Emenda Constitucional 120, que também garante as gratificações e adicionais, a serem pagas pelo Executivo Municipal através do plano de cargos, com percentuais sobre o salário-base.

“Eu recebo com tristeza a fala do prefeito enquanto trabalhador e, enquanto sindicalista, eu recebo a fala dele com indignação porque ele falta com a verdade o tempo todo. Por que ele não esclarece para a população que 122% que nós buscamos está na lei do plano de cargos dos servidores da Saúde do de Salvador, no qual os agentes de saúde estão inseridos?, questiona o servidor.

Segundo Pereira, a demanda dos agentes de saúde existe desde 2014 para que a prefeitura pague o piso salarial nacional dos trabalhadores. “Ele assumiu em 2021 e vem mantendo a mesma resistência do prefeito anterior em não negociar conosco e, finalmente, a indignação vem quando ele finaliza a fala dele dizendo que está aberto ao diálogo, mas que não avançará nenhum real a mais. Então não tem diálogo”.

Com a atitude como a declaração desta quinta, de acordo com Nildo Pereira, é marginalizar a categoria e deslegitimar as demandas dos servidores diante da opinião pública. “Mas é ele que não está cumprindo as leis de uma emenda constitucional e uma lei municipal, que é do plano de cargos da saúde, no qual nós estamos inseridos”.

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