O delegado Maurício Demétrio Alves, que comemorou a morte de Marielle Franco em mensagens com outro policial, virou alvo de um procedimento administrativo disciplinar (PAD), aberto pela Corregedoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ele também é investigado por extorquir comerciantes.
O Ministério Público do Rio acusou Demétrio de ter vazado informações sigilosas da investigação da execução de Marielle, o que atrapalhou as diligências. Atualmente, o delegado está no xilindró por ser o chefão de um quadrilha que extorquia comerciantes. Ele foi denunciado em 2021 por exigir dinheiro de lojistas para deixar passar a venda de produtos falsificados.
Por conta do procedimento disciplinar, aberto este mês pelo corregedor da Polícia Civil, Gilberto Ribeiro, Maurício Demétrio poder acabar demitido da força de segurança.
Comemoração do assassinato
Em março de 2018, o MP interceptou mensagens do delegado para um outro policial onde escreveu: “O enterro da vereadora será no Caju. Mas a comemoração alguém sabe onde será?”.
A mensagem foi enviada para o também delegado Allan Turnowski, que respondeu com carinhas de risos. Turnowski foi chefe da Polícia Civil =, mas também terminou sendo preso por envolvimento com grupos criminosos.