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Capital Afro - 25/11/2023, 16:58 - Clara Oliveira - Atualizado em 25/11/2023, 18:16

"De extrema importância", diz participante do Festival Capital Afro

Ela também cobrou mais visibilidade dos blocos afros no Carnaval de Salvador

Desfile faz parte do Festival Capital Salvador Afro
Desfile faz parte do Festival Capital Salvador Afro |  Foto: João Grassi/Portal Massa!

Chegando com tudo para contribuir com o fortalecimento da cultura e economia criativa local, o Festival Capital Salvador Afro levou inúmeras pessoas para o desfile de blocos afros e afoxés durante a tarde deste sábado (25) no Centro de Salvador.

Com suas bandas percussivas no chão, sem cordas, com trios elétricos e pranchões, os blocos animam a galera que sentem o gostinho do Carnaval batendo à porta, mas teve quem ficou na bronca com a falta de valorização dos blocos durante a maior festa de rua do mundo.

Para a foliona Linces Fontes, de 33 anos, é importante dar maior destaque aos blocos afros. “Eu tô vindo aqui hoje, eu acho que essa programação de hoje é de extrema importância, porque a gente não vê tantos blocos afros reunidos de uma vez só no carnaval, eles não têm a devida valorização, a gente não vê nos melhores horários”, destacou.

Além disso, a designer desabafou sobre a falta de reconhecimento para a cultura negra.“É super escroto, você vim para a avenida super tarde da noite para poder ficar aqui, assistir um bloco afro passar, assistir o ilê, olodum ou qualquer coisa. Então, vê durante o dia todos os blocos afros que a gente tem, a importância que a gente tem, que é a nossa tradição. Salvador é a maior cidade negra fora da África, então, por que não a gente ter isso com mais frequência? por que não a gente valorizar o que é nosso?Então, eu tô igual a pinto no lixo, eu tô feliz”, afirmou.

Apesar de acompanhar os blocos no carnaval, a designer afirmou não conseguir aproveitar tanto.“Sim, eu costumo, mas como eu falei, é muito difícil pegar um bloco Afro, é algo que eu mais gosto, mas você vai chegar na barra e não tem, ou então, vem para cá [Centro] e às vezes é alguma contramão”, contou Linces.

Com a oportunidade de viver 100% os blocos afros, Linces declarou com toda felicidade sobre o sentimento de viver o momento no Desfile Capital Salvador Afro. “Então, para mim aqui agora está sendo assim, eu tô lavando a alma que eu não lavei no carnaval e também por já gostar de cultura afro que é a cultura que a gente tem na nossa cidade”.

“A valorização dos blocos, de todas as pessoas que estão envolvidas na construção do bloco que não é só quem está ali batendo tambor qualquer coisa, é uma estrutura, é a sociedade que está envolvida naquilo, então, eu tô muito feliz”, finalizou.

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