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Aprendizagem - 19/07/2023, 06:40 - Amanda Souza

Curta “Pra Quê Me Olhar Assim?” lota Sala Walter da Silveira

O documentário é uma produção da Juventude Negra e Participação Política, uma iniciativa integrada à Cipó Comunicação Interativa

Projeto Juventude Negra e Participação Política da CIPÓ lança documentário “Pra quê me olhar assim?”* apresenta dados e referências de definições sobre o racismo estrutural, religioso e as políticas de promoção da igualdade racial na Bahia.
Projeto Juventude Negra e Participação Política da CIPÓ lança documentário “Pra quê me olhar assim?”* apresenta dados e referências de definições sobre o racismo estrutural, religioso e as políticas de promoção da igualdade racial na Bahia. |  Foto: Denisse Salazar / Ag. A TARDE

A Sala de Cinema Walter da Silveira, anexa à Biblioteca Pública dos Barris, recebeu, na tarde dessa terça-feira (18), o lançamento oficial do curta-metragem “Pra Quê Me Olhar Assim?”, que aborda as políticas de igualdade no estado. O documentário é uma produção da Juventude Negra e Participação Política, uma iniciativa integrada à Cipó Comunicação Interativa, e apresenta ainda dados e definições sobre o racismo estrutural e religioso na Bahia.

O evento de lançamento, que foi aberto ao público, lotou a sala. A proposto, agora, é levar a produção para outros espaços, como explicou o coordenador de projetos da Cipó, Léo Vilas Verde. “É um documentário produzido por jovens negros das periferias de Salvador que passam por um processo formativo na Cipó”, explicou. “Hoje trouxemos a periferia para o Centro e a partir da semana que vem a gente vai montar um cronograma para levar o documentário para as comunidades”, contou.

Leo Vilas Verde,coord de projetos da Cipó e a coord.projeto Vivian Oyasí
Leo Vilas Verde,coord de projetos da Cipó e a coord.projeto Vivian Oyasí | Foto: Denisse Salazar / Ag. A TARDE

Além da exibição do documentário, a tarde também foi agraciada com uma série de intervenções artísticas em uma espécie de sarau. Jovens negros da cena cultural de Salvador puderam recitar suas poesias que tratam de suas vivências enquanto pessoas pretas e periféricas.

A produção também contou com depoimentos de algumas figuras importantes para a discussão racial na Bahia, como a promotora do Ministério Público Lívia Vaz. De acordo com Léo Vilas Verde, o documentário estará disponível no site da Cipó para todo o público muito em breve.

Produtora cultural Carolaine Barbosa  faz parte do projeto do documentário
Produtora cultural Carolaine Barbosa  faz parte do projeto do documentário | Foto: Denisse Salazar / Ag. A TARDE

A produtora cultural Carolaine Barbosa foi uma das jovens que participou da produção do documentário. Para ela, foi uma experiência muito desafiadora, mas também de muita realização. “Foi um processo bem delicado, desafiador antes de qualquer coisa. Mas botamos as caras pra jogo e deu certo”, contou. “A gente precisa reafirmar o quanto a juventude preta é capaz, quais são as perspectivas de nossas vidas e como estamos contruindo isso. Não basta falar de juventude negra, é sobre dar espaço para que a gente possa falar de si mesmo. Eu sou uma mulher preta e quero falar de mim”, explicou.

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