A defesa de Claudia Soares Alves, médica presa por suspeita de raptar uma criança recém-nascida em um hospital de Uberlândia, em Minas Gerais, alegou que a mulher faz tratamento psiquiátrico e é portadora do transtorno afetivo bipolar. Em nota enviada ao Estadão, a defesa afirmou que ela estava em surto no momento que levou a criança.
"No momento dos fatos [ela] se encontrava em crise psicótica, não sendo capaz de discernir a natureza inadequada e/ou ilícita de suas atitudes", afirma anota, assinada pelo advogado Vladimir Rezende.
Claudia tem 42 anos e passou por audiência e custódia nesta quinta-feira (25), na qual ficou definido que ela deverá continuar presa enquanto responde ao processo por sequestro de incapaz. De acordo com a investigação da polícia, o crime teria sido premeditado.
Como aconteceu?
A criança nasceu no dia 23 de julho no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). A sequestradora entrou no hospital usando um crachá da instituição, se apresentou como pediatra e disse que levaria a criança para se alimentar, mas foi embora levando a bebê escondida em uma mochila.
Claudia foi presa no dia seguinte, quando chegava em casa, na cidade de Itumbiara, em Goiás. No veículo da médica foi encontrada uma quantidade considerável de roupas novas para bebê.