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Igreja de São Francisco de Assis - 06/02/2025, 12:30 - Da Redação, Bernardo Rego e Téo Mazzoni

Crea explica quem pode fazer reparos em monumentos tombados

Saiba o que o vice-presidente do órgão falou sobre o assunto

André Tavares, vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA)
André Tavares, vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA) |  Foto: Bernardo Rego | Ag. A TARDE

O desabamento que aconteceu na tarde desta quarta-feira (5), na Igreja da Ordem 1ª de São Francisco de Assis, no Pelourinho, em Salvador, deixou baianos e turistas abalados. A tragédia provocou a morte de uma pessoa e deixou cinco pessoas feridas.

Em meio à comoção, André Tavares, vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA), falou em entrevista ao Portal A TARDE, sobre o processo de reparo e fiscalização de empreendimentos tombados, como a igreja afetada. Ele explicou que para qualquer intervenção em um imóvel tombado, é essencial que um profissional registrado no Crea atue, especialmente quando se trata de edifícios que possuem um patrimônio histórico, como o Iphan regula.

"O profissional precisa ser registrado no conselho do Crea para poder atuar. Quando se trata de um empreendimento tombado pelo Iphan, qualquer tipo de intervenção tem que seguir as orientações técnicas estabelecidas pelo próprio Iphan", explicou Tavares, destacando a importância de manter a integridade do patrimônio histórico e cultural, sem comprometer sua arquitetura original.

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Vale destacar que nesta quinta (6), uma equipe de fiscalização do Crea-BA esteve no local para investigar as causas do desabamento. André Tavares comentou a ação do conselho, explicando a importância da presença de um responsável técnico em intervenções desse tipo. "Quando estivemos aqui no local, não identificamos nenhum tipo de obra ou serviço de engenharia que merecesse uma fiscalização", disse Tavares.

O vice-presidente também destacou a necessidade de garantir que qualquer atividade em monumentos tombados, como a Igreja da Ordem 1ª de São Francisco, seja realizada com o acompanhamento adequado de profissionais capacitados.

“Subentende-se que, se existe um responsável técnico, a obra será executada de forma correta, atendendo os requisitos normativos e de segurança. Infelizmente, a gente percebe que esse empreendimento carecia de uma manutenção adequada, diante de tantos relatos", afirmou o vice-presidente, reiterando que o incidente traz à tona a necessidade urgente de manutenção e laudos de inspeção predial, principalmente em edifícios antigos do centro histórico de Salvador, com a colaboração de gestores públicos e privados para garantir a segurança e preservação desses patrimônios.

Por fim, Tavares expressou o pesar do conselho pela tragédia e lamentou as perdas causadas pelo incidente. "O Crea lamenta o ocorrido — a perda de uma vida, cinco feridos, e a perda de um monumento histórico aqui na cidade de Salvador", afirmou, refletindo sobre a importância de ações preventivas e da manutenção periódica de edifícios históricos, para evitar que situações como essa se repitam no futuro.

Após o incidente, a polícia técnica compareceu ao local, na manhã desta quinta para realizar o processo de vistoria na Igreja da Ordem 1ª de São Francisco de Assis.

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